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Quando a pimenta é refresco

Caso para dizer, ainda bem que os políticos não são todos iguais e nem todos se recusam a prestar esclarecimentos

Cada vez mais as empresas de comunicação vão tendo um poder que tem de ser obrigatoriamente parado. Ligadas aos principais partidos políticos, as ligações com os órgãos de comunicação social nacionais, com particular destaque para a necessidade cada vez maior dos principais canais de TV em encontrar conteúdos de investigação, vão usando e abusando das suas ligações e vão fazendo os “servicinhos” aos partidos afectos, colocando tudo e todos no “mesmo saco”.

Dissecando a peça do sexta às 9 da RTP (Canal 1), não me sai da cabeça que fazer uma promoção a um programa com 6 clips durante uma tarde de 6.ª feira e com destaque de abertura nacional atribuindo a uma fornecedora de um projecto a “cara” e o título das peças jornalísticas, dando a entender que esta seria uma das cabecilhadas do algegado sistema, tendo isso de imediato a devida repercussão nas principais páginas falsas que pairam nas redes sociais, não só é uma tentativa de assassinato político inqualificável, como um atentado aos direitos de uma mulher que além do cargo que ocupa é tambem um ser humano, de inegáveis qualidades por sinal, que vê o seu nome manchado e aproveitado para lavagem de imagem de outras notícias essas sim graves.

Esta vergonhosa peça jornalística feita de encomenda com a “arte” de colocar a Patricia Dantas Caires no epicentro deste “esquema” só revela o desespero em que este ano pré eleitoral se está a tornar.

Ao menos neste caso e pela sua seriedade, prestou todos os esclarecimentos, e mantém-se disponível para todas as investigações da justiça.

Caso para dizer, ainda bem que os políticos não são todos iguais e nem todos se recusam a prestar esclarecimentos quando são requisitados e que não estamos perante mais um caso da tão em voga amnésia selectiva.

Não pode valer tudo.