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Um morto a tiro no Sri Lanka onde a crise política se agrava

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Um homem foi morto e dois outros foram feridos hoje por tiros no Sri Lanka, onde a crise política desencadeada pela demissão surpresa do primeiro-ministro Ranil Wickremesinghe pelo Presidente Maithripala Sirisena ameaça mergulhar a ilha no caos.

Os guarda-costas do ministro do Petróleo, Arjuna Ranatunga, dispararam contra partidários do presidente Sirisena, que tentavam agredir o ministro, disse a polícia do Sri Lanka.

Um homem de 34 anos morreu pouco depois de ser internado no Hospital Nacional de Colombo, disse o porta-voz do hospital, Pushpa Soysa.

O Presidente do Sri Lanka suspendeu no sábado o parlamento até 16 de novembro, ao mesmo tempo que o primeiro-ministro, Ranil Wickremesinghe, dava uma conferência de imprensa, na qual afirmou poder provar que tinha o apoio maioritário no parlamento.

Já hoje, o primeiro-ministro destituído recusou-se a abandonar a sua residência oficial.

Sirisena demitiu Wickremesinghe e o seu gabinete, substituindo-o pelo antigo homem-forte do país Mahinda Rajapaksa, criando o que alguns observadores consideram poder vir a ser uma crise constitucional naquele país insular do sul da Ásia.

A Índia referiu que está a seguir de perto a situação no Sri Lanka, mostrando alguma preocupação, partilhada por vários países da União Europeia e pelos Estados Unidos.

Por seu lado, a organização não-governamental para os direitos humanos Human Rights Watch (HRW) afirmou hoje num comunicado que a nomeação de Rajapaksa “suscitou temores sobre o regresso de táticas abusivas do passado”.

O ex-Presidente Rajapaksa, que governou o país entre 2005 e 2015, foi acusado por muitas organizações devido à campanha militar para acabar com os rebeldes Tamis em 2009, que resultou em 40.000 civis mortos.