Trump e Merkel felicitam Zelenskiy pela vitória nas presidenciais ucranianas
O Presidente norte-americano, Donald Trump, e a chanceler alemã, Angela Merkel, felicitaram hoje o ator e humorista Volodymyr Zelenskiy pela sua vitória na segunda volta das presidenciais ucranianas de domingo, definidas pelos observadores internacionais como “uma eleição “pluralista”.
A Casa Branca, através de uma declaração, referiu que Trump falou com Zelenskiy após a sua vitória e considerou a eleição um importante momento para a história da Ucrânia e assinalou a forma pacífica e democrática do processo eleitoral.
Segundo a mesma nota, Trump “sublinhou o forte apoio dos Estados Unidos à soberania e integridade territorial da Ucrânia, nas suas fronteiras internacionalmente reconhecidas”.
O comunicado exprime ainda a vontade dos EUA de colaborarem com Zelenskiy “na aplicação das reformas que reforcem a democracia, aumentem a prosperidade e eliminem a corrupção”.
A chanceler alemã, Angela Merkel, também felicitou hoje o comediante Volodymyr Zelenskiy pela sua vitória nas presidenciais e assegurou o contínuo apoio da Alemanha ao país em guerra, esperando que esta eleição contribua para uma estabilização.
“A estabilização da Ucrânia e uma resolução pacífica do conflito são tão importantes como a aplicação de reformas centrais dirigidas ao sistema judicial, descentralização e a luta contra a corrupção”, indicou Merkel em comunicado.
“O governo federal continuará a apoiar ativamente a Ucrânia no seu direito à soberania e à integridade territorial no futuro”, disse.
A chanceler alemã, que se encontrou este mês em Berlim com o presidente ucraniano cessante Petro Poroshenko, acrescentou que vai receber em breve Zelenskiy, 41 anos e o claro vencedor da segunda volta, com 73% dos votos e que ultrapassou Poroshenko em todas as regiões do país à exceção de Lvivi (oeste).
Numa declaração, os observadores internacionais destacados para o escrutínio também saudaram hoje uma eleição “pluralista” que respeitou as “liberdades fundamentais” e apelaram a uma transferência do poder sem incidentes.
Merkel mantinha estreitas relações com Poroshenko e a Alemanha tem garantido um apoio crucial a Kiev face a Moscovo, na sequência da anexação russa da Crimeia em 2014.
A Alemanha patrocina com a França o processo de paz no leste da Ucrânia, juntamente com Kiev e Moscovo e atualmente paralisado, onde uma guerra com os separatistas pró-russos provocou cerca de 13.000 mortos em cinco anos.
A Rússia, atingida por pesadas sanções, é acusada por Kiev e os ocidentais de apoio militar aos rebeldes pró-russos, que Moscovo tem insistentemente negado.
Na semana passada, numa rara entrevista à agência RBK-Ukraina, Zelenskiy manifestou-se contrário à concessão de um estatuto especial à região do Donbass controlada pelos pró-russos, e defendeu um referendo nacional sobre a eventual adesão do país à NATO, uma perspetiva que regista a firme oposição da Rússia.