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Seis suspeitos de envolvimento em ataque no Quénia foram presentes hoje a tribunal

Foto EPA/DAI KUROKAWA
Foto EPA/DAI KUROKAWA

Seis pessoas foram hoje presentes a tribunal no Quénia, por suspeitas de envolvimento num ataque que esta semana provocou a morte de 21 pessoas num complexo de luxo na capital, Nairobi.

Um juiz decidiu que cinco dos suspeitos serão submetidos a prisão preventiva durante 30 dias enquanto as autoridades investigam o ataque reclamado pelo grupo al-Shabab, associado ao grupo al-Qaida.

Os procuradores suspeitam que suspeitos - entre os quais dois taxistas - terão “auxiliado e sido cúmplices” dos atacantes que iniciaram a investida na tarde de terça-feira e foram abatidos pelas autoridades na manhã seguinte.

A acusação afirmou ainda estar à procura de mais suspeitos, tanto a nível nacional, como internacional.

“As investigações quanto a este assunto são complexas e internacionais, e pedem, portanto, tempo e recursos necessários para desvendar toda a associação criminosa”, referiu Noordin Haji, diretor de ação penal, citado pela Associated Press (AP).

No âmbito da investigação, terão sido detidas 11 pessoas.

De acordo com as autoridades quenianas, os atacantes que conduziram o ataque ao complexo de luxo, na terça-feira, provocaram a morte de 21 pessoas, entre as quais um polícia.

Um dos atacantes fez-se rebentar, e outros quatro morreram.

O complexo foi alvo de vários tiroteios e explosões coordenadas, tendo sido evacuado depois dos primeiros relatos de um ataque e de veículos incendiados.

O ataque tem semelhanças com o cerco no centro comercial ‘Westgate’, também naquela zona, conduzido em 2013 por membros do mesmo grupo.

Na altura, os atacantes invadiram o complexo e deram início a um cerco de três dias e que provocou a morte de 67 pessoas.

Na segunda-feira, um tribunal em Nairobi decidiu levar três dos suspeitos detidos a julgamento, ilibando um outro por falta de provas.

Desde 2011 que o grupo rebelde ameaça retaliar depois de o Quénia ter enviado tropas para a Somália.