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Parte da tripulação de petroleiro sueco apresado pelo Irão foi libertada

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O Ministério dos Negócios Estrangeiros sueco anunciou hoje a libertação de uma parte da tripulação do Stena Impero, um petroleiro sueco com pavilhão britânico apreendido em julho pelo Irão no estreito de Ormuz.

Num correio eletrónico enviado à agência France Presse, o ministério indica que “uma parte da tripulação do Stena Impero (...) foi libertada”, sem precisar o número de pessoas em causa. A informação “foi recentemente transmitida pela nossa embaixada em Teerão”, adianta.

A empresa Stena Bulk, proprietária sueca do navio, tinha anunciado antes a libertação em breve, “de acordo com as autoridades iranianas”, de sete dos 23 membros da tripulação, mas dizia aguardar “com prudência” a confirmação oficial da data.

O Irão apresou o petroleiro a 19 de julho. Conduzido ao porto iraniano de Bandar Abbas, o Stena Impero é acusado pelos Guardiões da Revolução, corpo de elite das forças armadas iranianas e responsável pela segurança do estreito de Ormuz, de ter ignorado pedidos de socorro e desligado um sistema de comunicação após ter colidido com um barco de pesca.

O chefe da diplomacia iraniana, Mohammad Javad Zarif, em visita a Estocolmo no final de agosto, disse “tentar acelerar o procedimento legal para (...) terminar” a apreensão do petroleiro.

A embarcação com bandeira britânica foi apresada 15 dias depois de um petroleiro iraniano ter sido apreendido ao largo do território britânico de Gibraltar, por suspeitas de transportar petróleo para a Síria em violação de sanções europeias contra este país.

A apreensão do Grace 1, que depois de ser libertado mudou de nome para Adrian Darya 1, provocou uma crise diplomática entre Teerão e Londres.

“O nosso navio em Gibraltar não tinha violado qualquer lei, mas este navio (o Stena Impero) violou algumas leis”, argumentou Zarif quando visitou o Instituto Internacional de Investigação para a Paz de Estocolmo para uma conferência.

Os iranianos queixaram-se que a apreensão do seu petroleiro tinha sido feita a pedido dos Estados Unidos. A tensão entre Teerão e Washington tem vindo a aumentar desde que a administração de Donald Trump retirou unilateralmente o país em 2018 de um acordo internacional concluído em 2015 sobre o programa nuclear da República Islâmica e restabeleceu sanções que devastam a economia iraniana.