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Pandemia provoca quebras de mais de 80% no tráfego aéreo na Europa

Foto EPA/STEPHANIE LECOCQ
Foto EPA/STEPHANIE LECOCQ

A pandemia de covid-19 está a provocar quebras superiores a 80% no tráfego aéreo na Europa, percentagem que chega a 90% nalgumas companhias, estando apenas a serem realizados 5.000 voos por dia, revelam dados hoje divulgados pelo setor.

“Trata-se de uma redução superior a 80% no tráfego aéreo”, disse hoje o vice-presidente regional para a Europa da Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA, na sigla em inglês), Rafael Schvartzman.

Respondendo a questões feitas pela agência Lusa numa teleconferência sobre o impacto económico da pandemia para o setor aeronáutico, o responsável precisou que, atualmente, estão apenas a ser realizados perto de 5.000 voos por dia na Europa, quando no período homólogo de 2019 havia cerca de 400 mil operações diárias.

“Em algumas das maiores companhias da Europa, como a Lufthansa, EasyJet, Air France e Ryanair, estamos mesmo a falar de percentagens mais próximas de 90% na redução de tráfego”, destacou Rafael Schvartzman.

Falando numa “crise sem precedentes” no setor aeronáutico, o vice-presidente regional para a Europa observou que “os negócios estão praticamente parados”.

Também hoje, a IATA estimou perdas superiores a 70 mil milhões de euros nas receitas com passageiros para as companhias aéreas europeias em 2020, que são das mais afetadas do mundo pela pandemia de covid-19.

“Estimamos uma perda nas receitas com passageiros de 76 mil milhões de dólares [pouco mais de 70 mil milhões de euros] este ano para as companhias aéreas na Europa”, declarou hoje Rafael Schvartzman.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou perto de 480 mil pessoas em 182 países e territórios, das quais mais de 22.000 morreram.

Em declarações aos jornalistas na teleconferência sobre o impacto económico da pandemia para o setor aeronáutico europeu, o responsável indicou que nesta que é “uma crise sem precedentes para o setor” há transportadoras aéreas europeias “que só terão dinheiro disponível para uma suspensão [das suas operações] por dois meses”.

“Há outras companhias que poderão nem ter isso disponível”, destacou.

Para tentar conter o surto, os governos da UE estão a adotar medidas como o confinamento dos cidadãos e o fecho ou controlo de fronteiras, tendo ainda sido adotada uma suspensão das viagens (nomeadamente as aéreas) não essenciais.

A IATA agrega 290 companhias aéreas, que representam 82% do tráfego mundial.

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