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Manifestação em Paris contra racismo e violência policial termina em confrontos

Uma manifestação não autorizada hoje em Paris contra a violência policial e a injustiça racial terminou em confrontos, com os manifestantes a lançaram projécteis e a atearem fogos e a polícia a disparar gás lacrimogéneo contra a multidão.

Vários milhares de pessoas já se tinham reunido pacificamente durante duas horas em torno do principal tribunal de Paris em homenagem a George Floyd e a Adama Traore, um negro francês que morreu sob custódia policial.

A polícia tinha proibido o protesto por causa das restrições impostas pelas medidas de contenção de propagação do novo coronavírus, que proíbem qualquer reunião de mais de 10 pessoas.

À medida que a manifestação foi sendo encerrada, a polícia disparou gás lacrimogéneo e os manifestantes foram vistos a atirar projécteis.

Dois pequenos incêndios deflagraram e foram derrubadas barreiras verdes e cinzentas em torno de um estaleiro de construção.

A manifestação foi convocada pelo colectivo “La Vérité pour Adama” (A verdade por Adama), em homenagem a Adama Traore, um jovem negro detido em 2016, que morreu após ser preso, tendo o relatório da autópsia atribuído a sua morte à polícia.

Na altura, a autópsia apontava para complicações de saúde como as responsáveis pela morte do jovem de 24 anos, mas esta tarde os advogados da família apresentaram as conclusões de um novo relatório médico, que foi elaborado à margem do processo judicial.

Os manifestantes agitaram bandeiras a exigir “justiça” para Traoré e alguns pegaram nos slogans que se repetem nos Estados Unidos pela morte de George Floyd às mãos da polícia em Minneapolis.

As tensões eclodiram hoje também num protesto realizado na cidade de Marselha, no sul do país.

Os protestos franceses por vezes degeneraram em violência por parte de alguns manifestantes desordeiros.

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