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Grupo de contacto para a Venezuela deve estar preparado para “maior compromisso”

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A chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, defendeu que o grupo de contacto para a Venezuela deve estar preparado para um “maior compromisso” com os atores no país e para reforçar as pontes criadas com interlocutores internacionais.

Falando na abertura dos trabalhos do Grupo de Contacto Internacional para a Venezuela, na segunda-feira à tarde [madrugada de hoje em Lisboa], Mogherini salientou que este “deve estar preparado para um maior compromisso com os atores relevantes, de modo a ajudar a promover as condições e as muito necessárias medidas de promoção da confiança para um processo eleitoral credível no mais curto prazo possível”.

A Alta Representante da União Europeia (UE) para a Política Externa referiu ainda ser “essencial que este grupo contacte e reforce as pontes criadas com atores internacionais chave, como as Nações Unidas”.

A solução para a crise no país, disse ainda Mogherini, “deve ser venezuelana, mas a comunidade internacional, a região, têm o dever e a responsabilidade de facilitar essa solução”.

“Os acontecimentos dos últimos dias na Venezuela e o agravamento da crise fazem com que os nossos esforços conjuntos sejam ainda mais importantes”, salientou, acrescentando que “não há vencedores na atual situação”.

A constituição deste grupo de contacto foi anunciada em finais de janeiro por Federica Mogherini, com o objetivo de alcançar, em 90 dias, uma saída política, pacífica e democrática para a crise na Venezuela com a realização de eleições presidenciais.

A primeira reunião ministerial do grupo realizou-se a 07 de fevereiro em Montevideu, Uruguai. No mês seguinte, a 28 de março, o grupo esteve novamente reunido em Quito, Equador.

No encontro na capital costa-riquenha estão representados, além de Portugal, sete outros países europeus - Espanha, Itália, Reino Unido, Países Baixos, Alemanha, França e Suécia -, a UE e quatro países latino-americanos, Costa Rica, Equador, Uruguai e Bolívia.