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China condena à morte um canadiano e um chinês por tráfico de droga

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O Tribunal Popular de Jiangmen, na província chinesa de Cantão, condenou hoje à morte um cidadão canadiano e um chinês por tráfico de droga e quatro mexicanos foram sentenciados com prisão perpétua.

O tribunal suspendeu ainda a pena de morte para um cidadão norte-americano durante dois anos pelo fabrico e tráfico de mais de 63 quilos de metanfetaminas.

Em comunicado, o tribunal informou que o canadiano Fan Wei e o chinês Wu Ziping estiveram alegadamente envolvidos nas atividades entre julho e novembro de 2012.

Os homens estabeleceram um centro de produção de drogas na localidade de Taishán, também na província de Cantão. Os condenados têm 10 dias para recorrer da sentença.

De acordo com a Amnistia Internacional (AI), a China lidera a lista de países com mais penas de morte no mundo, “mas a extensão do seu uso no país é desconhecida, já que esse número é classificado como segredo de estado”.

A AI acredita que milhares de execuções foram realizadas no país asiático apenas em 2018.

O Código Penal chinês prevê que qualquer pessoa que trafique, importe, transporte ou fabrique ópio em quantidades superiores a um quilo ou heroína em quantidades superiores a 50 gramas ou outro narcótico devem ser condenados a 15 anos de prisão, prisão perpétua ou morte.

Fan Wei é o segundo canadiano a ser condenado à morte este ano, depois de um tribunal na província de Liaoning ter sentenciado à mesma pena Robert Lloyd Schellenberg por tráfico de droga.

As relações diplomáticas entre a China e o Canadá não estão a passar por um bom momento após a prisão em dezembro do diretor da Huawei, Meng Wanzhou, detido em Vancouver com um pedido de extradição para os Estados Unidos.

Após a prisão de Meng, a China prendeu dois canadianos, o diplomata Michael Kovrig e o empresário Michael Spavor, acusados de pôr em risco a segurança nacional chinesa.