>
Mundo

Banco central dos EUA afasta cenário de grande depressão mas admite recuperação lenta

O chefe do Banco central dos EUA considerou que a crise económica provocada pela pandemia apresenta “diferenças fundamentais” com a Grande depressão e vaticinou que o crescimento deve ser retomado rapidamente, apesar do elevado desemprego e profunda recessão.

“Não creio de todo que seja um resultado provável”, disse Jerome Powell, no domingo, em entrevista à CBS numa referência a uma Grande depressão semelhante à registada na década de 1930, ao assinalar uma economia florescente antes da pandemia, bancos sólidos e uma reação adequada das autoridades.

No entanto, admitiu que a taxa de desemprego pode situar-se entre 20 e 25% e que a queda do Produto interno bruto (PIB) dos Estados Unidos no segundo trimestre estará “facilmente nos 20, nos 30%”.

À margem dos indicadores económicos que o Banco central recolhe e tenta antecipar, Powell sublinhou que a prioridade no momento atual consiste em controlar a pandemia, na ausência de uma vacina ou de um tratamento com provas terapêuticas.

Nos Estados Unidos instalou-se um intenso debate entre os defensores de uma rápida reabertura da economia e os que preferem uma abertura lenta e refletida para evitar uma segunda vaga de infeções.

“Aquilo que é mais conta de momento são os indicadores médicos. É a difusão do vírus. São todas estas coisas, e que estão associadas”, como por exemplo as medidas de distanciamento social, explicou Powell.

Para o governador do Banco central norte-americano, a recuperação da devastadora recessão apenas será possível a partir da segunda metade de 2020, “a partir do terceiro trimestre”, caso não se registe uma segunda vaga da pandemia.

No entanto, sugeriu que não será possível uma recuperação total antes da chegada da vacina.

Fechar Menu