Madeira

Simulacro testa defesas contra ciberataque

‘Ciber Perseu 2018’ decorre a nível nacional até sexta-feira e conta com a participação de várias entidades regionais, entre elas a Direcção Regional do Património e Informática

Uma imagem do exercício que coloca à prova a capacidade de resposta também na Região.   Foto DR
Uma imagem do exercício que coloca à prova a capacidade de resposta também na Região. Foto DR

Mais de 60 organizações nacionais estão envolvidas no exercício anual de ciberdefesa do Exército Português ‘Ciber Perseu 2018’, que esta a decorrer e que termina sexta-feira, entre elas a Direcção Regional do Património e Informática (DRPI). O cenário é o de vários ataques no ciberespaço, que obrigaram a um conjunto de respostas concertadas por parte das várias entidades envolvidas neste conjunto de simulacros.

O objectivo deste exercício é “exercitar e avaliar a capacidade de resposta do Exército face à ocorrência de ciberataques, de âmbito nacional ou internacional, nomeadamente afectando as suas Comunicações e Sistemas de Informação que suportam o Comando e Controlo (C2) e que, por essa razão, ponham em causa a obtenção da superioridade de informação das Forças Terrestres”, podemos ler na nota de divulgação. Por outro lado, constitui “uma oportunidade única de treino cooperativo”, destaca a DRPI, ligando a forte adesão à iniciativa à entrada em vigor da lei de protecção de dados, assim como a directiva europeia em termos de cibersegurança para protecção de infra-estruturas críticas e serviços essenciais.

A Zona Militar da Madeira e o Governo Regional, através da DRPI e de outros organismos da administração pública, estão envolvidos. No decorrer deste exercício há “uma equipa táctica especialmente dedicada à gestão de incidentes de segurança nas instalações da DRPI e no Palácio de São Lourenço, estará sedeada a célula de gestão de crises CIMIC (incluindo jogadores e observadores de organizações públicas e privadas), tudo sob o controlo de execução do exercício a funcionar na Academia Militar, em Lisboa, para onde foi projectado um especialista da DRPI”, dá conta a nota da Vice-presidência do Governo Regional. “Teremos também duas equipas (DRPI e In-Formar) compostas por cinco elementos cada que estarão empenhadas num exercício técnico designado Cyber Range, onde terão oportunidade de trabalhar em ambiente simulado com ameaças e ferramentas reais. Também deslocar-se-á a Lisboa um segundo especialista da DRPI para um treino competitivo, designado CTF – Catch the Flag, com o propósito de penetrar e atingir um objectivo dentro de uma infra-estrutura informática (hacking)”, revela.

Além da DRPI estão envolvidos no ‘Ciber Perseu 2018’ com um papel activo o IASAÚDE, o Serviço Regional de Proteção Civil, a Investimentos Habitacionais da Madeira, Companhia Logística e Combustíveis da Madeira e a In-Formar. Em termos de participação nacional, destaque para a colaboração no simulacro do Ministério da Administração Interna, a Força Aérea Portuguesa, a Guarda Nacional Republicana, Polícia de Segurança Pública, a EDP e a Autoridade Tributária e Aduaneira, entre vários outros.

Há inda entidades que participam, enquanto observadores, neste campo, da Madeira, destaque para a Empresa de Electricidade da Madeira, a Assembleia Legislativa, o SESARAM, o Instituto de Emprego da Madeira, a Águas e Resíduos da Madeira e o Grupo Sousa, que é um dos patrocinadores.