Madeira

PS defende medidas para inverter a desvitalização e o despovoamento dos concelhos rurais

None

O Grupo Parlamentar do Partido Socialista considera prioritária a adopção de medidas para inverter a desvitalização e o despovoamento dos concelhos mais rurais.

Esta manhã, os deputados socialistas estiveram no concelho de Santana, dando continuidade ao trabalho de proximidade com a população, o qual não se restringe ao tempo de campanha eleitoral, como explicou Paulo Cafôfo, em conferência de imprensa realizada na freguesia da Ilha.

O parlamentar afirmou que a desertificação é um problema grave em algumas zonas da Região, principalmente nos territórios da costa norte da ilha da Madeira, questão à qual estão também associados o empobrecimento e o envelhecimento.

Paulo Cafôfo lembrou que 80 por cento da população da Madeira vive em quatro concelhos – Funchal, Santa Cruz, Câmara e Lobos e Machico – e que os municípios onde se tem verificado um maior despovoamento e envelhecimento são Santana, São Vicente e Porto Moniz. Por isso, considerou serem necessárias “políticas públicas sectoriais, que sejam transversais e possam inverter este ciclo de desvitalização dos concelhos mais rurais e dos concelhos a norte”. Neste âmbito, defendeu incentivos às empresas para que se possam estabelecer nestes territórios e criar empregos, de modo a fixar as pessoas. A disponibilização de serviços públicos, de forma a que as pessoas possam ter condições e qualidade de vida para poderem residir nestes locais é outra medida necessária.

“O PS defende que esta deve ser uma prioridade, que implica uma articulação e uma mobilização de todos – Governo Regional, autarquias, instituições da sociedade civil e a Universidade da Madeira – para podermos ter aqui uma estratégia onde se possa inverter este processo, que é grave e põe em risco esta parte do território”, sustentou Paulo Cafôfo.

Nestes concelhos mais rurais, com freguesias predominantemente agrícolas (como a da Ilha), o deputado socialista frisa que há que olhar não só para os sectores tradicionais, como o sector primário, mas também apostar numa diversificação da economia. “Para fixar pessoas, temos de criar emprego e não estamos a utilizar todas as ferramentas e instrumentos que temos para atrair empresas, para atrair investimento, para criar emprego e fixar a população”, concluiu.