Madeira

“Os chamados Sapadores do Funchal têm razões mais que suficientes para convocar uma greve”, garante o MPT

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O MPT é da opinião de que “os chamados Sapadores do Funchal têm razões mais que suficientes para convocar uma greve, pois está em causa os direitos que lhes são devidos, pela nova categoria de sapadores”.

No seu entender, “a CMF está a faltar à verdade a estes profissionais, uma vez que os salários continuam no mesmo, as condições de trabalho são precárias e nada se faz para reverter esta situação”.

“A cooperação de bombeiros afectos à CMF têm a fama de serem Bombeiros Sapadores, mas continuam a receber como Bombeiros Municipais, é caso para dizer que têm a fama mas não têm o proveito. Temos um caso tão absurdo, como de caricato, que é o caso dos novos elementos que ingressaram nesta corporação de bombeiros, que fizeram 6 meses da sua formação com os Bombeiros Sapadores de Lisboa e apesar dos mesmos conhecimentos adquiridos e da mesma formação que receberam, em relação aos da capital, vêm para o Funchal auferir quase metade do que os seus camaradas de Lisboa em igualdade de circunstâncias, pelo simples facto de no Funchal serem sapadores só de nome”, aponta através de um comunicado de imprensa.

Ainda em relação a esta recruta, diz que “é lamentável o facto de estarem a exercer funções no Funchal e continuarem a utilizar a farda dos Bombeiros Sapadores de Lisboa e terem que partilhar equipamento individual de combate uns com os outros, pois até ao momento a CMF ainda não diligenciou qualquer tipo de novo equipamento aos seus mais recentes elementos”.

“O Presidente Paulo Cafôfo, ao longo do seu mandato na CMF, tem descurado constantemente os seus bombeiros, onde entre outros casos flagrantes, existiu casos de ambulâncias paradas no quartel por estarem avariadas, com pneus carecas e ainda sem seguro automóvel, pondo em causa a segurança dos funchalenses”, acusa.

“Como se não bastasse todo este conjunto de irregularidades”, o MPT “teve a informação que os Bombeiros Sapadores do Funcha não têm qualquer tipo de seguro de acidentes pessoais”. O que, no seu entender, “é um caso extremamente grave, que põe em causa a vida destes homens e mulheres e as suas famílias, visto ser uma profissão de risco elevado e estão totalmente desprotegidos na eventualidade de terem algum infortúnio”.

“O partido sabe ainda que neste regimento de Bombeiros do Funchal está instalado um clima de terror e os bombeiros estão com receio de se manifestar, com medo de sofrerem represálias por parte desta autarquia que tem agido com “mão de ferro”, a quem faz frente e têm medo de serem prejudicados nas suas carreiras e muitos ainda com a esperança, que as falsas promessas de passarem a receber como sapadores se concretizem, remetem-se para o silêncio para mais tarde não serem prejudicados, por este executivo”, acrescenta ainda.

Tendo isto em conta, o MPT Madeira garante que irá continuar a lutar pelos direitos dos bombeiros “até à exaustão”.