Madeira

Novo bispo do Funchal vai tratar casos polémicos de forma “particular e pessoal”

Hélder Santos/Aspress
Hélder Santos/Aspress

O novo bispo do Funchal, Nuno Brás, disse hoje, à chegada ao Aeroporto da Madeira, que está “aberto ao diálogo” com “todo e qualquer cristão”, afirmando que vai tratar os casos polémicos do clero regional de forma “particular e pessoal”.

“Gostava que isto ficasse claro, que os casos particulares e pessoais hão de ser tratados particularmente e pessoalmente”, declarou Nuno Brás, após ser questionado sobre a situação do padre Martins Júnior, suspenso no âmbito de um processo que remonta ao final da década de 1970, mas que continua a exercer funções na paróquia da Ribeira Seca, concelho de Machico.

Por outro lado, no que toca ao padre Anastácio Alves, suspeito de abusos sexuais de menores, o bispo declarou apenas que vai adoptar o modo de proceder próprio da Conferência Episcopal Portuguesa, em vigor desde 2012.

“A minha primeira atitude é uma atitude de abertura e de abertura para o diálogo e para o encontro”, salientou Nuno Brás, indicando que no caso do padre Martins Júnior, por exemplo, está “muito aberto ao diálogo e muito aberto ao encontro”, do mesmo modo que está disponível para “todo e qualquer cristão”, bem como “toda e qualquer pessoa” da Madeira.

Apesar de não ser madeirense, o novo bispo do Funchal assegurou que veio para a região autónoma “sem nenhum preconceito”, vincando que os cristãos se sentem bem onde quer que haja cristãos.

Nuno Brás tem 55 anos e é natural da Lourinhã, distrito de Lisboa.

“Não sou político, nem gestor. Sou bispo”, observou, realçando que a sua missão é “evangelizar, celebrar os sacramentos e conduzir o povo de Deus como bom pastor”, tarefa que pretende desempenhar com “humildade e ousadia”.

O prelado adiantou que estará atento à situação da comunidade madeirense na Venezuela, sublinhando: “Não podemos deixar de nos preocuparmos e de procurar agir e procurar minorar aquilo que é o sofrimento dos nossos irmãos [naquele país]”.