Madeira

Mais Porto Santo denuncia atrasos de quase dois meses no pagamento do subsídio de mobilidade

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O movimento de cidadãos independentes Mais Porto Santo lamenta que os reembolsos do subsídio social de mobilidade destinado aos residentes na Madeira que se deslocam ao Porto Santo estejam a ser pagos quase dois meses depois da realização das viagens, alvitrando que os atrasos estão a prejudicar a economia e o turismo local.

“Lamentavelmente, o Governo Regional, no combate obsessivo com o Governo da República, apenas tem exigido e reivindicado a alteração ao subsídio de mobilidade para as viagens entre a Madeira e o continente português, esquecendo-se que os reembolsos do subsídio social de mobilidade destinados aos residentes da Madeira que se desloquem ao Porto Santo (de barco ou avião) estão cada vez mais atrasados”, lamenta o vereador José António Castro, considerando que a actual situação é embaraçosa para o Governo Regional.

“Em 2016, quando foi garantido o subsídio social, os reembolsos eram pagos no espaço de uma semana. Infelizmente, com o decorrer do tempo, os reembolsos começaram a ser pagos cada vez mais tarde e, hoje, para além da burocracia que é um exagero, um residente tem de esperar quase dois meses para receber 25 euros. Há residentes na Madeira que se deslocaram em Dezembro do ano passado ao Porto Santo e que ainda não receberam os respectivos reembolsos. Isto é inconcebível, afugenta potenciais turistas, não lhes trás conforto, nem o desejo de voltarem assiduamente, facto que prejudica claramente a economia local”, defende o líder do Mais Porto Santo.

José António Castro considera que “os reembolsos do subsídio de mobilidade têm de começar a ser pagos logo após as viagens, tal como acontece com o subsídio de mobilidade entre a Madeira e o continente”. E que o mesmo “não se pode resumir a nove meses do ano”.

“Voltamos a insistir na ideia de que o subsídio social de mobilidade entre ilhas deve ser uma realidade durante todo o ano, até como forma de atenuar a concorrência desleal que é promovida com o subsídio de mobilidade entre a Madeira e o continente, que para além de ser pago logo após as viagens, custa mais do dobro do que uma ligação aérea entre a Madeira e o Porto Santo”, recorda o vereador do movimento de cidadãos independentes, realçando que até ao nível de uma deslocação marítima a diferença é abismal e condenatória.

“Como todos sabem, com a actualização de preços promovida pelo operador que detém a concessão da linha ferry, no Verão, uma viagem marítima entre a Madeira e o Porto Santo custa aos residentes 58,10 euros, enquanto uma viagem aérea entre o Funchal e Lisboa ou Porto tem um custo de 86 euros. A diferença é de somente 27,90 euros, um verdadeiro atentado à dignidade dos porto-santenses, com clara influência na sustentabilidade da Ilha, apesar do executivo camarário não se cansar de afirmar que Porto Santo está praticamente esgotado para o Verão, sem números que sustentem tais afirmações. Só se for durante os 15 dias de Agosto”, reputa José António Castro, acrescentando que já questionou a directora regional de Economia, Patrícia Dantas Caires, sobre todas estas situações e que aguarda por uma posição do Governo Regional.