O médico Rafael Macedo revelou um documento da comunicação interna do Serviço de Saúde da Madeira (SESARAM), assinado pelo director do Serviço de Cardiologia, no qual é referido que a Unidade de Medicina Nuclear está capacitada para a realização de “estudos de cintigrafia de perfusão miocárdia” mas carecia da compra de um radiofármaco que o serviço hospitalar não tinha para poder funcionar, uma tese que confirma o que o clínico nuclearista afirmou no parlamento madeirense.

O documento, partilhado na rede social Facebook pelo médico Rafael Macedo, deu entrada no Conselho de Administração do SESARAM a 2 de Fevereiro de 2018. O director do serviço de Cardilogia, Drumond Freitas, refere que após contacto com o então director da Unidade de Medicina Nuclear, “foi-nos informado que esta unidade está capacitada para a realização dos estudos de Cintigrafia de Perfusão Miocárdia, necessitando única e exclusivamente da compra do radiofármaco Sestambi-99mTc.”

No mesmo documento, o médico cardiologista confirma que o Serviço de Cardiologia encontra-se munido de recursos humanos diferenciados em cardiologia nuclear, motivo pelo qual solicita ao SESARAM “o início da respectiva actividade naquela Unidade”.

O director do Serviço de Cardiologia observa ainda que “actualmente os doentes que necessitam deste tipo de exame são enviados a um estabelecimento privado com custos nada comparáveis aos da realização do exame neste hospital”.

Recorde-se que Rafael Macedo está confrontado com processos judiciais na sequência das declarações que proferiu na Comissão de Inquérito ao Serviço de Medicina Nuclear da qual lhe resultou na abertura de processos de averiguações e na suspensão de funções naquele serviço hospitalar por iniciativa do SESARAM.