Madeira

Funchal ocupa 10.º lugar no valor mediano das rendas por metro quadrado

Ranking nacional por regiões de Portugal (25) coloca a Madeira em segundo lugar apenas atrás da Área Metropolitana de Lisboa

Foto Shutterstock
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O Funchal é o 10.º município em 199 (dos 308) de Portugal com o valor mediano das rendas por metro quadrado mais altas, com 6,71 euros/m2, logo atrás de Lisboa, Cascais, Oeiras, Porto, Amadora, Odivelas, Almada, Matosinhos e Loures. Ou seja, no top-10, estão sete concelhos da Área Metropolitana de Lisboa, dois da Área Metropolitana do Porto e logo a seguir vem a capital madeirense.

Este ranking que não faz as contas de todos os 308 municípios do país, excluindo por isso 109, inclui apenas quatro dos 11 concelhos da Região Autónoma da Madeira. Santa Cruz no 32.º lugar com valor mediano de 5,39 euros/m2, Machico no 44.º lugar com preços de 4,82/m2 e Câmara de Lobos na 69ª posição com 4,02 euros/m2.

Nos municípios com 100 mil habitantes ou mais, apenas 24 entram nestas contas e da Madeira, naturalmente, apenas o Funchal, não mudando a sua posição face ao ranking global e, por isso, ficando na primeria metade da tabela.

Os dados referentes ao 1.º semestre de 2019 foram divulgados esta manhã pelo Instituto Nacional de Estatística que faz um resumo das principais conclusões. “O valor mediano das rendas de alojamentos familiares estabelecidas em novos contratos de arrendamento no país fixou-se em 5,00 €/m2, registando uma taxa de variação homóloga de +9,2%. O número de novos contratos registou um decréscimo de -10,5%”, destaca.

No período em análise, “37 municípios, localizados maioritariamente na Área Metropolitana de Lisboa e no Algarve, apresentaram um valor mediano superior ao referencial nacional (na Madeira, como referido atrás, apenas Funchal e Santa Cruz superam a média nacional). Lisboa apresentou o valor da renda mais elevado do país (11,71 €/m2), e com valores iguais ou superiores a 7 €/m2 destacavam-se também Cascais (10,23 €/m2), Oeiras (9,75 €/m2), Porto (8,33 €/m2), Amadora (7,69 €/m2), Odivelas (7,33 €/m2), Almada (7,32 €/m2) e Matosinhos (7,25 €/m2), mais dois municípios que os assinalados no semestre anterior”, afiança.

“Os municípios de Braga (+16,4%), Setúbal (+16,3%), Matosinhos (+16,0%) e Porto (+15,5%) destacaram-se, entre os municípios com mais de cem mil habitantes, por apresentarem as mais elevadas taxas de variação homólogas”, diz ainda o INE. “Em Lisboa, as freguesias Santo António e Misericórdia registaram os valores medianos de rendas da habitação mais elevados e Carnide e Avenidas Novas as maiores taxas de variação homóloga. No Porto, a União das freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde assinalou o valor mais elevado de novos contratos de arrendamento (9,62 €/m2) e a maior taxa de variação homóloga (+25,3%)”, revela.

Mais 12,8% no valor dos novos contratos na RAM

“Num contexto de diminuição do número de novos contratos em todas as sub-regiões NUTS III face ao período homólogo, o valor mediano das rendas aumentou em 21 das 25 sub-regiões, tendo diminuído no Alto Alentejo (-3,6%), Terras de Trás-os-Montes (-3,2%), Douro (-0,9%) e Alentejo Litoral (-0,2%)”, destacam-se pela negativa. “A Área Metropolitana de Lisboa (+16,0%), a Região Autónoma da Madeira (+12,8%), a Área Metropolitana do Porto (+12,6%) e o Algarve (+12,6%) registaram as maiores variações homólogas”, destacando-se pela positiva. “Destacaram-se ainda com taxas de variação superiores ao valor nacional (+9,2%) as sub-regiões

Cávado (+11,4%) e Região de Aveiro (+9,4%)”, acrescenta.

Refira-se ainda que os dados analisados apontam para outro indicador, o do valor mediano das vendas por m2 de alojamentos familiares, que são elencados por esta ordem em 10 dos 11 municípios da Madeira e Porto Santo (Porto Moniz não tem dados considerados válidos). Calheta (798 euros/m2), Câmara de Lobos (1.086 €/m2), Funchal (1.542 €/m2), Machico (973 €/m2), Ponta do Sol (958 €/m2), Porto Santo (1.083 €/m2), Ribeira Brava (570 €/m2), Santa Cruz (1.093 €/m2), Santana (450 €/m2) e São Vicente (719 €/m2).