Continua a dar ‘barraca’ a licitação dos espaços para os feirantes que pretendem instalar os seus espaços nas Festas de Santo Amaro, em Santa Cruz, que decorrem entre 11 e 15 de Janeiro. Os comerciantes ameaçam já com a entrada de uma Providência Cautelar para evitar a realização do evento se a autarquia não ceder nas alterações à política da subida de preços. O vereador Jaime Silva promete que a edilidade não se deixa influenciar pela “pressão”, “demagogia” ou pela “chantagem”, atitudes “condenáveis”, classifica.

“Isso não funciona e não vamos recuar”, garantiu o autarca que à TSF-M que lamentou o “desacordo” patente ou a “teimosia de alguns comerciantes”, manifestou algum tempo depois de ter existido uma espécie de boicote à licitação por parte dos feirantes.

O acto estava previsto para acontecer ontem de manhã, mas não se realizou justamente pelo facto ter sido alterado o valor base de licitação, considerado “insuportável”, e da licitação ter de ser feita para cada um dos dias da feira. Há quem garanta que um espaço pode chegar facilmente aos 1.500 a 1.800 euros.

Montantes que revoltaram os cerca de 40 comerciantes que, unidos, demonstraram a sua força boicotando qualquer acto de arrematação pública.

A onda de contestação subiu de tom uma vez estes comerciantes são obrigados a pagar água, luz e taxa por venda de álcool. Tudo somado consideram que estão a pagar as Festas e Santo de Amaro.

O pior mesmo é que temem que esta política de subida de preços possa ser adoptada por outros municípios, espelho que os ‘barraqueiros’ tentam estancar a muito custo prometendo desencadear uma manifestação usando coletes verdes no dia da festa e oferecendo comida e bebida por discordar do caderno de encargos e pelo pagamento de um valor pelos cinco dias e não como agora tem de ser por cada um dos dias.