Madeira

Cláudia Monteiro de Aguiar espera um lugar melhor para a Madeira na lista do PSD às Europeias

A eurodeputada mostrou-se disponível para continuar e a acontecer há já planos para agilizar o acesso aos fundos comunitários

A eurodeputada espera um lugar abaixo do 6.º para o candidato da Madeira.   Foto Hélder Santos/Aspress
A eurodeputada espera um lugar abaixo do 6.º para o candidato da Madeira. Foto Hélder Santos/Aspress

Cláudia Monteiro de Aguiar espera voltar a ocupar um lugar no Parlamento Europeu e a concorrer a este, ou com outro candidato pela Madeira no lugar, espera que seja numa posição melhor do que a das eleições europeias anteriores, quando foi 6.ª na lista do PSD. “Eu espero que o Dr. Rui Rio, tendo em consideração o bom desempenho que o PSD Madeira sempre teve ao longo dos anos e sempre apoiou o PSD, atribua à Região um lugar nas listas acima do que foi o do último mandato. Estou em crer que o Dr. Rui Rio terá essa boa consideração para com a Madeira”, disse momentos antes da apresentação da sua obra ‘Financiamento Europeu Para as Empresas’, cuja apresentação decorreu esta manhã no Museu da Electricidade.

A ainda eurodeputada não assumiu a candidatura oficial, mas negou que tenha sido uma terceira ou quarta escolha. “Foi uma opção do partido em recandidatar, estou à-vontade para dizer que estarei disponível, sendo certo que aguardo que o Dr. Rui Rio veja a Madeira com bons olhos e represente também isso no lugar na lista”.

Se voltar a ocupar o lugar na Europa, um dos próximos passos passa por estreitar o relacionamento com o Governo Regional, precisamente para facilitar o acesso das micro, pequenas e médias empresas aos apoios europeus. “Espero que a Cláudia consiga manter dentro em breve o excelente trabalho que tem feito no Parlamento Europeu”, começou por dizer Pedro Calado. “Se assim for, estou convencido que nós podemos dar um passo importante em criar sobretudo aqui uma plataforma de trabalho com os nossos empresários regionais, com acessibilidade ao Parlamento Europeu, com estes fundos, em parceria. Eu não me quero antecipar, mas em parceria com as entidades que temos aqui na Região, nós podemos trabalhar em conjunto e em prol das nossas empresas, fazendo ou abrindo aqui um canal mais directo ao tratamento deste tipo de informação”, disse o vice-presidente.

A ocasião foi aproveitada ainda por Pedro Calado para incentivar ao uso dos fundos disponíveis, sob pena de deixarem de estar por não execução. Mais de 90% do tecido empresarial na Madeira é constituído por micro e pequenas e médias empresas e se há dificuldades em montar uma candidatura, há entidades disponíveis para isso, recordou. “Só não se candidata a fundos comunitários quem não quer”. Continuar a trabalhar para ir buscar mais apoios, disse ainda, “é uma obrigação dos empresários” e as empresas não devem “ter estigma pelo uso desses fundos”. O problema, alertou, é quando as empresas vivem exclusivamente desses fundos.

Munido dos números, o vice-presidente revelou que no anterior quadro comunitário a Madeira ultrapassou os 2.800 projectos aprovados num valor global superior a 125 milhões de euros em fundos. No quadro actual, 2014-2020, até este início de ano já tinham sido apresentadas mais de mil candidaturas e 70 milhões de euros atribuídos, tendo na sequência destes sido criados mais de 1.200 postos de trabalho. Pedro Calado sublinhou que a Região tem uma “excelente taxa de execução”, superior à nacional: 44% em oposição a 33%.

Em relação ao próximo quadro comunitário de apoios o vice-presidente enalteceu o trabalho de Cláudia Monteiro de Aguiar. Graças à boa negociação, disse, a Madeira vai manter a taxa de financiamento nos 85%, “significa que os projectos vão continuar a ser financiados na casa dos 85%”.

Perante uma plateia formada também por alunos de algumas escolas, Pedro Calado lembrou a importância dos apoios da União Europeia para o desenvolvimento da Madeira, não apenas económico-financeiro, mas também social e cultural e incentivou ao voto.

O compêndio organizado por Cláudia Monteiro de Aguiar está disponível em papel na Associação de Jovens Empresários e na Associação Comercial e Industrial do Funchal, parceiros. Está ainda disponível através da aplicação Uempresas e na Internet.