Madeira

BE/M acusa Governo de tratar os madeirenses como portugueses de segunda

Em causa estão as novas tarifas dos passes sociais

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As novas tarifas dos passes sociais entraram em vigor no corrente mês de Abril, mas, de acordo com o BE/M, “a Madeira continua com os transporte públicos mais caros do país”.

“Enquanto que nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto (e nas demais comunidades intermunicipais) a tarifa de 40 Euros permite viajar em todo o território e em todos os operadores de transportes públicos, na Madeira o modelo adoptado é coxo, com 40 Euros só permite viajar numa única companhia”, diz através de um comunicado de imprensa.

O BE/M afirma que, no caso de Lisboa, o passe de 40 euros permite viajar nos 18 municípios da Área Metropolitana e em todas as 14 empresas que neles operam, contempla o comboio, o autocarro, o barco e o metro”.

“Na Madeira, o passe combinado (para duas companhias) custa 62 euros, fica mais caro o passe para trajectos de 12 km – como do Caniço ao hospital, ou de Câmara de Lobos à universidade – que para viagens de 30 ou 40 km, como de Santana ou da Calheta ao centro do Funchal, que custa 40 euros”, exemplifica.

O BE/M diz que isto é um “absurdo”, que “não faz sentido”. Explica que “o custo duma deslocação depende sobretudo da distância percorrida e não do número de autocarros que é necessário tomar” e que “dentro do Funchal, os passageiros podem mudar de autocarro sem pagarem mais por isso”. “A viagem não fica mais cara por apanharmos autocarros de duas companhias diferentes. O valor de 40 euros deve ser o limite máximo para qualquer passe individual e deve permitir viajar em toda a ilha”, sustenta.

Afirma ainda que “o passe família custa 80 euros para todos os elementos do mesmo agregado familiar, estando previsto para Junho no continente, mas na Madeira não está contemplado. E devia, segundo os ‘bloquistas’.

“Os madeirenses são tratados como portugueses de segunda pelo próprio Governo Regional da Madeira. A autonomia na mão do PSD serve para defender uns quantos privilegiados e para deixar a maioria dos madeirenses pior servidos que os portugueses do continente.O Bloco de Esquerda entende que os madeirenses têm os mesmos direitos que os portugueses do continente e não devem pagar mais pelos transportes públicos”, concluiu.