Madeira

BE defende Europa virada para as pessoas e não para os interesses económicos

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O BE alertou hoje a população da Madeira e do Porto Santo para a importância das eleições europeias, pois é na Europa que são estabelecidas muitas directivas que vão influenciar a vida das pessoas.

Rui Ferrão, membro da Comissão Política Regional e candidata às Europeias nas listas do BE, afirmou que o seu partido se apresenta como uma “força de esquerda que procura quebrar o consenso dominante que favorece os grandes negócios e esquece as condições concretas da vida das pessoas”.

Salientou que a Europa contribuiu com muitos milhões para a construção de novas infraestruturas na Madeira, mas “isso só não chega” porque o desenvolvimento “é também o emprego e as perspectivas de futuro para as novas gerações”, frisou, salientando que, neste capítulo, as previsões são para uma forte redução da população residente na Madeira.

“Continuaremos a precisar do apoios europeus, como região ultraperiférica, desejamos que sejam direccionados para o social e menos para as infraestruturas”, investimentos com uma perspectiva curta na criação de emprego a que faltou “visão de futuro”, comprovada pela diminuição dos nascimentos e da população escolar.

“É necessário que a política de coesão se faça sentir e que tenha consequências na vida das pessoas a longo prazo, que crie empregos duradouros”, situações que, segundo Rui Ferrão, não aconteceu na Madeira, onde “perdemos emprego na agricultura e nas pescas”.

No seu entender, são necessárias novas políticas viradas para as pessoas, deixando de lado os “investimentos que favorecem apenas alguns”, apostando de forma clara nas políticas que reforcem os direitos de quem trabalha, e favorecem o acesso aos serviços públicos, para uma Europa mais virada para as pessoas e não para os interesses económicos dominantes.

Daí que defenda a necessidade de “eleger mais deputados do Bloco de Esquerda, que combatam a direita e o perigo da extrema-direita e para inverter este consenso ultra-liberal que favorece apenas os grandes interesses económicos”, defendendo uma “nova política que procure uma verdadeira coesão e convergência do nível de vida na Europa”.