Governo quer aproveitar fundos para o turismo com aposta no marketing digital

O secretário de Estado do Turismo apontou hoje em Valença a aposta no marketing digital e no investimento privado como dois dos "desafios" do setor para os próximos fundos comunitários.
"A manutenção da aposta no investimento privado como motor do setor do turismo e a adaptação da promoção regional às novas estratégias seguidas pelo Turismo de Portugal, ou seja apostar no marketing digital, mais subtil mas mais eficaz e barato, em vez da promoção institucional são os desafios para o futuro", afirmou Adolfo Mesquita Nunes.
O governante falava em Valença, no final de uma reunião de trabalho com os autarcas dos dez municípios que integram a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho, para preparar as "dinâmicas necessárias" com o objetivo de "fazer o melhor uso possível" dos fundos do novo quadro comunitário.
Adolfo Mesquita Nunes sublinhou que no Minho o setor representou em 2013 um terço de toda a oferta da região do Norte e em termos de captação de investimento privado foi a segunda com melhores resultados.
Apelou a uma resposta "mais abrangente" do setor nesta região, além da "mera oferta de alojamento" e exortou a uma maior cooperação com outras regiões do país e até transfronteiriças para que setor "ganhe escala".
O secretário de Estado do Turismo afirmou a necessidade da região continuar a explorar a fileira agroalimentar e vinhos. "Quando se pensa os desafios do futuro deve-se pensar o turismo como atividade económica geradora de emprego.
O ano passado 20% do emprego criado em Portugal foi no turismo e isto abrange uma cooperação com outras áreas da economia que no caso do Minho tem particular relevância a fileira agroalimentar e do vinho", sustentou.
Já o presidente da CIM do Alto Minho sublinhou a importância da preparação da estratégia a candidatar aos novos fundos como forma de dinamizar um setor "fundamental para esta região de baixa densidade".
O socialista José Maria Costa, que também preside à Câmara de Viana do Castelo, afirmou que a região tem que "articular estratégias territoriais com estratégias regionais" e apontou como "ativos" a explorar o turismo de Natureza, Patrimonial, Religioso e Cultural.