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A Presença da Universidade

O início do ano letivo 2025/26 acontece num momento de grandes desafios e renovadas oportunidades para a Universidade da Madeira (UMa) e para a Região.

Estamos em período de análise dos resultados da colocação de estudantes, por via do Concurso Nacional de Acesso aos Ensino Superior (CNA). Neste ano, por várias razões (entre as quais não é alheia a alteração às regras de acesso), os resultados da primeira fase foram inferiores aos do ano passado, embora com tendência positiva na segunda fase. Com a terceira fase, as colocações de estudantes no âmbito dos Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTeSP), mestrados, doutoramentos e Pós-graduações, a UMa espera poder manter o seu número global de estudantes. Está a ser feito um esforço extraordinário para dar resposta à forte procura de candidatos para a frequência dos CTeSP. Neste aspeto particular, volto à questão fundamental da construção do edifício destinado ao Ensino Politécnico. Além de constituir uma necessidade urgente, é, igualmente, um requisito exigido pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES).

A dimensão formativa e de investigação da UMa é concomitante com a sua importância na história recente da Região e, por consequência, na história da Autonomia, que celebra o seu cinquentenário. Nesse âmbito, a UMa reforça a sua presença como centro de desenvolvimento e inovação. Tem a honra e o privilégio de fazer parte do processo autonómico, participando nas profundas mudanças que o caracterizam. Formou mais de 15 mil estudantes, geriu centenas de projetos e celebrou inúmeras parcerias com múltiplas entidades públicas e privadas, nacionais e internacionais; bem como permaneceu comprometida com todas as vertentes da sua intervenção na sociedade, formando profissionais, produzindo ciência, intervindo e operando a necessária mudança de mentalidades.

Neste início de ano, continuamos a lutar pela majoração da dotação orçamental anual, para compensar sobrecustos de insularidade e ultraperiferia. As universidades da Madeira e dos Açores têm proposto que esta questão seja resolvida através da inscrição de uma medida específica no âmbito da revisão da Lei das Finanças das Regiões Autónomas. Continuamos, também, a lutar para que tenhamos acesso, em igualdade de circunstâncias com as demais universidades, aos fundos dos programas operacionais nacionais, fundos de gestão descentralizada, no âmbito do quadro comunitário Portugal 2030.

Conjuntamente com outros tópicos de prioridade relevante, como a formação para a docência e o desenvolvimento das áreas estratégicas, a UMa inicia o novo ano, com foco renovado na excelência do ensino, na investigação e inovação, na transferência de conhecimento e na ligação à sociedade.

Desejo à Academia um excelente ano de 2025/26.