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Fumar não é viver!

Todos nós já experimentámos o tabaco, uns a fumar voluntariamente, outros quando inspiravam involuntariamente o fumo de um ambiente com fumadores compulsivos. Também todos nós, conhecemos as mensagens inscritas nos maços de tabaco, seja com palavras, seja com imagens, ... não sei quais serão as piores, entre umas e outras, mas todas elas muito incisivas, muito agressivas e muito verdadeiras. O nosso “fuel” é o oxigénio, certo ? Sem o nosso fuel, não há vida e portanto, não há mesmo nada! Deste modo, quando consumimos um produto que vai competir e também inutilizar o nosso “fuel”, que é o oxigénio, não podemos esperar nada de bom. E como é mau, faz mal, estraga, agride e degrada, antes, durante e até á “machadada” final.

Vou usar alguma da minha experiência profissional, para explicar os pormenores seguintes: antigamente, os fumadores, devido à muita fumarada, tinham um “stroke” ou um “break” cardíaco, caíam no chão, chamava-se a ambulância que os transportava ao hospital ou outro serviço de saúde e depois, mesmo com todas as intervenções clínicas, morriam inevitávelmente ao fim de pouco tempo. Hoje em dia, um fumador, com uma situação idêntica, é recolhido e transportado a um serviço, podendo ser medicado na ambulância, sendo normalmente dirigido para um serviço de cardiologia, onde pode fazer um cateterismo cardíaco, com ou sem colocação de “stents” ou outros procedimentos, ficando muito brevemente, “novinho em folha”, capaz de voltar á sua vida normal. E, enquanto antigamente, os fumadores morriam e ... ao mesmo tempo ... não significavam despesa para o Estado - mas pagavam muito caro o seu erro - agora, significam uma despesa enorme para os serviços de saúde, fruto da impressionante evolução tecnológica,... ainda com um pior cenário, se decidirem que podem voltar a fumar! Gostava muito que as pessoas, se informassem quanto custa um cateterismo cardíaco para perceberem o real preço dos tratamentos actuais para algumas das patologias cardíacas, ... que até atraem europeus para os realizar em Portugal, ... sem quaisquer despesas.

Fumar é uma doença! A OMS já o tinha formalizado e publicado há vários anos, ... porque é uma situação de dependência patológica, que pode ter fácil tratamento voluntário.

Entretanto o que faz o Estado português? Que sobrevive convencido com os seus tímidos impostos sobre o tabaco, julgando que esse dinheiro paga essas doenças e seus tratamentos? Paga muito pouco ou nada! O que espera este Estado, para declarar e assinar por cima, que, quem contrair doença, para a qual existe cura, terá de pagar as despesas do seu tratamento! Não somos ricos e devemos ser suficientemente cultos, para não andar a pagar despesas absurdas com patologias resultantes da negligência ostensiva de alguns, que é neste caso, o consumo do tabaco! Os anglo-saxónicos já fizeram estas contas e os fumadores, têm de pagar as suas despesas, porque está bloqueado o apoio governamental nos indivíduos que insistem em continuar na “outra margem do rio”! E já agora o aspecto mais vulgar e quotidiano deste consumo do tabaco, está nas “beatas”, espalhadas por tudo o que é sítio, ás centenas, apesar de existirem “coimas” previstas no Regulamento Municipal, com valores entre 25 e 50 euros, ... demonstrando o “dinheirão”, que se encontra disperso por todo o chão das cidades, além da fumarada nos diversos ambientes nos quais se permite o consumo, onde também se podem encontrar crianças de menor idade... como na restauração, onde e quando é permitido fumar podem entrar crianças e jovens menores de 16 anos! E agora aproveitando o momento, ... recordo os “espetaculares” incêndios da época, que já parece ser uma moda, ... consumindo florestas verdejantes, pujantes e inocentes! Já estamos em 2025 e não se consegue acabar com estas selvajarias, supostamente provocadas, na “hora certa”, por gente demente e cobarde?

Acabo este artigo, denunciando que já sabemos “de ginjeira” aquilo que é o consumo do tabaco, mas ninguém faz as contas das despesas que tal acarreta, para os cofres do Estado, através dos serviços da Saúde. Mas, existem uns “chicos-espertos” que até declaram em “alta voz” que pagam um imposto para fumarem! Mas desconhecem os valores dos tratamentos, como exemplo, os cateterismos cardíacos, esses tratamentos milagrosos, que até os franceses vêm da França, ... fica mesmo aqui ao lado... para os realizar em Portugal, porque aqui não pagam nada!

Como gostamos e temos de viver, devemos fazê-lo com regras e com qualidade, sem prejudicar terceiros!

Boas férias para quem não está a trabalhar!