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Madeira

Carlos Pereira considera que as promessas de Montenegro são "três embustes"

Montenegro esteve, este domingo, no Chão da Lagoa.
Montenegro esteve, este domingo, no Chão da Lagoa., Foto Rui Silva/ASPRESS

"Três promessas, três embustes". É desta forma que o deputado Carlos Pereira, do PS, resume as promessas que foram feitas pelo primeiro-ministro na Festa do Chão da Lagoa, este domingo. O parlamentar madeirense eleito pelo círculo de Setúbal à Assembleia da República considera que "a Madeira merece mais do que marketing político. Merece respeito. E, sobretudo, seriedade nas propostas e nos compromissos".

No seu comentário, Carlos Pereira afirma que "a primeira dádiva anunciada por Luís Montenegro", a "plataforma para o subsídio de mobilidade" não está contemplada na única lei, aprovada pela Assembleia da República recentemente. Essa lei não prevê plataformas digitais nem novos intermediários. "Das duas, uma: ou o Primeiro-Ministro pretende ignorar deliberadamente a legalidade democrática, ou desconhece o que está aprovado. Em qualquer dos casos, é inaceitável. Não permitirei este desrespeito institucional e estarei muito atento na discussão da especialidade", promete o socialista.

Segunda prenda: a promessa de continuar a cofinanciar o hospital. Perdão? “Continuar”? Como se de um gesto magnânimo se tratasse… quando o financiamento está, há muito, inscrito em sede de Orçamento do Estado — precisamente aprovado nas legislaturas em que fui eleito deputado pela Madeira como cabeça de lista e que muito esforço deu para assegurar . A seriedade institucional exige que se cumpra a lei, não que se apresente o seu cumprimento como favor gracioso. Carlos Pereira

Por fim, referindo-se a "uma nova Lei de Finanças Regionais", considera ser "a cereja amarga no topo do bolo", isto porque "a verdade é que a lei em vigor desde 2013 é uma má lei, feita à medida do PSD, feita pelo PSD e aprovada pelo PSD , que ignora as legítimas reivindicações das Regiões Autónomas". O socialista recorda que "foi aliás, o Governo anterior, liderado pelo PS, quem iniciou a discussão da reforma, de forma aberta e plural com a criação de um grupo de trabalho em articulação com as regiões". "Agora, cabe aos executivos regionais saber o que realmente pretendem — se uma autonomia adulta ou uma dependência acrítica de Lisboa. Não tenho visto nenhum arrojo até agora de ninguém", critica Carlos Pereira.