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Madeira

Ameaça de bomba junto ao 'Lagar' era notícia há 13 anos

Na rubrica 'Canal Memória' de hoje recuamos a 2012

Há precisamente 13 anos, a 1 de Julho de 2012, em pleno Dia da Região Autónoma da Madeira e das Comunidades Madeirenses, o concelho de Câmara de Lobos viveu momentos de tensão quando foi encontrado um objecto suspeito junto ao conhecido restaurante 'O Lagar', onde na véspera tinha acontecido um jantar de apoiantes do Fórum Autonomia da Madeira (FAMA).

Na rubrica 'Canal Memória' de hoje recuamos a 2012, quando a notícia de uma ameaça de bomba integrava a primeira página do DIÁRIO. 

A notícia, assinada pelo jornalista Márcio Berenguer, relata que o alerta, dado por volta das 17 horas, levou à intervenção da equipa de Inativação de Explosivos e Segurança em Subsolo (EIESS) da Polícia de Segurança Pública, após uma chamada anónima para o 112.

O objecto suspeito, - uma caixa com fios e um telemóvel -, colocado num ecoponto perto do restaurante, foi detonado por volta das 18h45, após o corte da estrada e a evacuação do estabelecimento de restauração. 

As autoridades admitiram a possibilidade de surgirem mais dispositivos semelhantes, já que "a ‘caixa’ tinha uma espécie de assinatura do autor".

O aparato, que contou com a presença dos Bombeiros Voluntários de Câmara de Lobos e, posteriormente, da Polícia Judiciária, teve ainda um momento de tensão adicional, quando um motociclista rompeu o cordão policial, ignorando ordens e fugindo do local. 

O incidente, envolto em mistério, aconteceu em pleno Dia da Região Autónoma da Madeira e das Comunidades Madeirenses, quando a sessão solene de comemoração ficou marcada pelo boicote da oposição e a retirada à força do deputado José Manuel Coelho do PTP. 

A cerimónia que decorreu em São Vicente ficou cheia de cadeiras vazias, reflexo do boicote por parte de partidos da oposição. Além disso, o deputado do PTP exigiu usar da palavra com cartazes em punho, mesmo depois de Miguel Mendonça, o então presidente da Assembleia Legislativa, recusar a intervenção, obrigando o líder do Parlamento Regional a pedir a intervenção da Polícia de Segurança Pública.

"Ainda os deputados e convidados se ajeitavam nas cadeiras e já José Manuel Coelho estava de pé  exigir intervir na sessão. O presidente da Assembleia explicou que isso não era possível, a sessão do Dia da Região tem regulamento próprio, não é um plenário normal. As explicações não serviram ao caso, José Manuel Coelho manteve-se de pé, com cartazes nas mãos e Miguel Mendonça chamou a polícia. O que se seguiu começa a ser recorrente nas sessões e cerimónias da Assembleia Legislativa. O deputado do PTP foi levado em braços, o colega da bancada-José Luís Rocha identificado pela polícia", pode ler-se na notícia assinada pela jornalista Marta Caires.