Dos eternos demissionários socialistas ao desagravamento fiscal na Região
“Demito-me, mas não saio”
Após nova derrota, relegando o Partido Socialista para terceira força política na Assembleia da República, Pedro Nuno Santos apresentou de imediato a sua demissão, acelerando o calendário eleitoral interno, de maneira a não ser um entrave ao seu partido nos próximos desafios eleitorais. “Vou sair de imediato para que o novo líder possa ir a tempo de preparar as próximas autárquicas”, referiu Pedro Nuno Santos. Uma saída digna, de alguém desprendido, e de quem coloca os objectivos colectivos à frente de qualquer interesse individual.
Por cá, na Região, o líder do Partido Socialista fez algo insólito: demitiu-se, mas não saiu da liderança. No mínimo, paradoxal. A justificação, segundo o próprio, seria preparar as próximas autárquicas. Não esperaria, Paulo Cafôfo, ser desarmado pelo seu camarada Pedro Nuno Santos.
É preciso saber interpretar os resultados eleitorais, sobretudo quando se acumula derrota atrás de derrota, perceber quando não somos desejados, e saber sair com uma réstia de dignidade.
Muito verdinhos
O partido que disse nunca querer ser um partido parece ter adquirido os piores vícios que se atribui aos partidos políticos. Aqueles vícios que tanto gostam de apontar nos outros. A escolha do JPP em Santa Cruz foi um perfeito exemplo de como não gerir um processo autárquico. Uma verdadeira trapalhada. Encomendam uma sondagem, ignoram a sondagem por esta não agradar aos verdadeiros decisores, descartam quadros, escolhem com base numa cúpula fechada, sem ouvir a sociedade civil, perceberam que iam perder o Município, e acabaram a pedinchar o regresso da pessoa que quiseram descartar. Muito verdinhos, ainda.
Reforma do Estado
É com bons olhos que os portugueses viram a apresentação de um novo ministério no Governo da República: O Ministério da Reforma do Estado. A autonomização desta pasta, cujo titular já prometeu uma guerra à burocracia, vem revitalizar o espírito reformista que sempre marcou os executivos do PSD, liderado por Sá Carneiro, Cavaco Silva e Passos Coelho. O País precisa de sair rapidamente da herança imobilista, conservadora e de “navegação à vista” de António Costa.
Proposta de Orçamento Regional entregue: mais rendimento disponível para as famílias
De destacar na proposta de orçamento a proposta do Governo Regional o desagravamento fiscal, com redução nas taxas de IRS, indo até ao diferencial fiscal máximo de 30% até ao 6.º escalão. Com descidas também nos escalões seguintes. Isto significa mais rendimento e poder de compra para as famílias. Significa mais dinheiro no bolso e mais qualidade de vida para os madeirenses. Isto é a demonstração de que uma maior autonomia política e fiscal, pela qual o PSD tem batalhado na República, teria um grande impacto no aumento do poder de compra das famílias madeirenses.