Longevidade sim, mas com saúde
Desde que o ser humano existe na terra, ele sempre procurou como prolongar a longevidade.
Como os cientistas que já andam há dezenas de anos à procura de medicamentos para prolongar a vida do ser humano.
Eu pergunto como é que é possível que neguem ver o erro que estão a cometer ao quererem prolongar a vida humana.
O corpo humano só está preparado para viver uns setenta e cinco anos, mais ou menos.
E é a partir dos setenta anos que o corpo humano começa a perder as suas defesas naturais, e é a partir dos setenta anos que começam a aparecer todos os tipos de doenças.
Doenças essas que são cada vez mais graves, e cada vez mais difíceis de tratar, como no caso da doença de Alzheimer e de Parkinson, para não falar das centenas de outras doenças.
E o problema não é só a saúde das pessoas.
Há cada vez mais miséria no mundo, cada vez mais as pessoas vivem na solidão, e os idosos estão cada vez mais sozinhos.
Cada vez há mais idosos com doenças porque não têm nem dinheiro nem meios para se tratarem.
Eu pergunto para que prolongar a vida humana, se é para enfiar os idosos nos lares, onde eles passam vinte e quatro horas por dia a olhar para as paredes sem fazer nada, à espera da morte.
Quem é que tem prazer em viver mais tempo num sofrimento deste.
Os cientistas como a sociedade estão a cometer um erro muito grave, ao quererem prolongar a vida humana.
Antes de quererem prolongar a vida humana, primeiro deveriam encontrar soluções para que o ser humano possa ter uma vida com qualidade, sem doenças, sem miséria, sem solidão.
Uma forma de vida em que o ser humano se sinta feliz de viver.
Que o ser humano se sinta realizado, que acredite que a vida é maravilhosa, e que vale mesmo a pena viver.
Porque é pura estupidez querer ter uma vida longa se é para viver na doença e na miséria.
Ainda há um longo caminho a fazer antes de procurar a longevidade.
Na maneira que o mundo está a levar o caminho, não sei se vale mesmo a pena termos uma vida longa.
Faço aqui um apelo aos cientistas e à sociedade em geral.
Criem primeiro as condições para que o ser humano possa ter uma vida com boa saúde, com felicidade e alegria de viver, sem solidão, sem miséria.
Depois sim, vale a pena procurar prolongar a longevidade humana.
Infelizmente, como sempre, temos sempre tendência a pôr a carroça à frente dos bois.
Edgar B. Silva