O calor e os animais de companhia
As temperaturas altas podem afectar animais como cães e gatos
Os cães e os gatos são mais vulneráveis às temperaturas altas, tendo em conta que têm um sistema de regulação térmica diferente. Para aproveitar da melhor forma o Verão, o sol e o calor, é importante conhecer o impacto que estes podem ter nos animais de companhia e como cuidar deles para evitar a desidratação ou a insolação.
IPMA prevê tempo quente para a Madeira
Antevista a presença de poeiras em suspensão a partir da tarde do próximo sábado
Andreia Correia , 25 Junho 2025 - 19:45
As temperaturas elevadas afectam tanto os humanos como os animais, especialmente cães e os gatos, que têm um sistema de regulação térmica diferente do dos humanos, que os torna mais vulneráveis tanto ao calor, quanto ao frio extremos. Existem sinais de alerta aos quais os tutores devem estar atentos, que permitem identificar desconforto por parte do animal. Em caso de dúvida, contactar um médico veterinário.
Com o calor, cães e gatos podem apresentar sintomas como respiração ofegante, cansaço anormal, salivação excessiva, vómitos ou diarreia, e gengivas e língua vermelhas ou azuis, que podem indicar falta de oxigénio. Assim, é importante manter o animal com a temperatura regulada e hidratado. Em casa, as taças com água devem estar cheias e facilmente acessíveis. Quando em passeio, os tutores devem levar uma garrafa de água fresca e tigela para que possam ir oferecendo água ao animal.
Os passeios devem ser feitos nas horas mais frescas do dia, de manhã ou ao final da tarde e noite. É preciso ter em conta que o calor emitido pelo asfalto pode irritar, ou mesmo queimar as patas de um cão. Nesta altura do ano, mesmo que seja por um curto período os animais não devem permanecer no interior nos carros estacionados.
Se o animal de companhia for levado num passeio de praia, para além da água, é importante levar um guarda-sol. O tutor deve certificar-se que o animal não ingere demasiada água salgada, uma vez que esta pode ser prejudicial, podendo provocar vómitos ou diarreia. Em zonas rochosas onde existam conchas ou muitas pedras, é necessário ter cuidado para que não magoem as patas.
Nos passeios no campo, em terrenos acidentados ou montanhosos, convém levar um estojo de primeiros socorros que inclua água fresca, gaze esterilizada, antissético, pinças, ligaduras, soro oral, solução salina e tesouras de ponta redonda. Durante as caminhadas, recomenda-se o uso de trelas curtas, uma vez que as trelas compridas podem fazer com que o cão fique preso em ramos ou plantas. O mais importante é conhecer a condição física do animal antes de sair para um passeio.
Em casa, deve optar-se por manter os animais num ambiente fresco e à sombra. Os tutores podem optar por dar um banho refrescante ao seu animal de companhia, para colmatar o desconforto em períodos de maior calor. É, também, recomendado que seja feito um ajuste à alimentação durante os meses mais quentes, para que os animais se adaptem melhor ao clima.
Uma dieta adequada ao período de Verão ajuda a evitar problemas de saúde, como a desidratação ou a insolação, e a manter os níveis de energia e o bem-estar. Para além de garantir o acesso a água fresca e limpa, é preciso ter em atenção que o calor pode fazer com que tenham menor apetite, pelo que o ideal será alimentá-los com várias porções, mais pequenas, ao longo do dia.
Uma alternativa interessante e rica nutricionalmente são os gelados caseiros feitos com água de cozer frango. A fruta gelada também pode ser dada a um cão, como qualquer outra guloseima ou snack para cães, ou seja, em moderação (até 10% do total de calorias ingeridas em um dia). Podem ser dados morangos, mirtilos e outras bagas, banana, maçã, bem como manga, pêssegos e melancia, desde que devidamente arranjados, sem casca ou caroços. Lembrar que as uvas e passas são tóxicas para os cães.
Por fim, o mais importante, sempre, é contactar um médico veterinário em caso de dúvida, quer seja com o ajustamento de dieta, ou com comportamentos a adoptar nestas épocas de maior calor. O veterinário deve ser contactado, também, em caso de suspeita de insolação, tonturas ou necessidade de documentação especial para viajar com o animal de companhia, a fim de evitar surpresas desnecessárias.