Quando sentimos o futuro bem perto de um abismo!
Há quem queira experimentar um novo conceito de imposição democrática num regime de liberdade condicionada. Obviamente que quando na política ou em qualquer outra instituição quando surge uma liderança carismática, com um poder de comunicação enorme, inteligente e em circunstâncias criadas pelo sistema que é adverso à grande maioria da classe dominante, rapidamente o seu espaço cresce e arrasta seguidores e também ganha os inimigos sobreviventes do sistema. O caso de surgirem lideres que despertam uma onda de seguidores não é exceção, é nem mais nem menos um produto dos sucessivos erros e numa manifesto da inércia dum sistema (condenado) pela desatualizada “Constituição da República” e que a democracia em Portugal pela mão do (Socialismo) ao longo destes 50 anos serviu à liberdade para legalizar o roubo, institucionalizar a corrupção, muitos meios de comunicação social promoveram o regime subjugando-se ao sistema, a justiça por vezes conivente com tudo num povo sem cultura democrática. Os partidos da contestação são nem mais nem menos o produto de todo esse desfecho, o desalento, a inércia, o da revolta, do protesto e que até duma esperança um tanto ou quanto utópica em que a falta de cultura democrática do povo serviu para promover. O 25 de Abril abriu o caminho para a liberdade, mas propositadamente (esqueceram) de formar os cidadãos para a democracia. O vício da corrupção faz parte da cultura deste povo submisso e um tanto ou quanto ingénuo. Por isso que as pessoas sérias não querem se imiscuir na política e quando o tentam, fecham-se os espaços, criam-se barreiras que os impedem continuar pois incomodam a progressão dum sistema que se quer oligárquico e elitista. O protagonismo, a ostentação e a vaidade tomou conta da sociedade de consumo que se deixa seduzir até por uma laranjada, um naco de carne e um bolo do caco, idolatrando os fazedores de sonhos e vendedores de promessas.
No dia em que alguém com a coragem necessária, a força precisa e a determinação definida seja capaz de despertar o povo e conscientizar-lho para a realidade dos factos, aí iniciar-se-á o processo de restauração da democracia, da restituição da liberdade e do resgatar os valores da sociedade baseados na família e nos princípios que a regem. Até lá o preço a pagar será a degradação dum sistema repleto de impurezas e vícios acumulados ao longo de um século. Se a consciência política não for aprimorada numa sociedade ávida de mudança, poderemos por em risco a própria liberdade. Substituir o protagonismo pela vontade de servir, a vaidade pela humildade, a indecisão pela confiança, a dúvida pela determinação , o medo pela convicção, a inércia pela vontade, o passado pelo futuro, podemos reconquistar a verdadeira e autêntica liberdade. O país nega aos seus jovens as condições para evoluírem na sua própria terra, enquanto promove-se e legaliza-se a escravatura do século XXI permitindo a entrada de imigração de qualidade e orientação duvidosa. Vamos devolver Portugal aos portugueses. Em vez de importar miséria, antes vamos promover a permanência dos nossos jovens e talvez o regresso dos que optam por outras paragens a conseguirem concretizem em Portugal aquilo que estão a conseguir fazer nos países que os acolhem.
A. J. Ferreira