Eterno Mario Vargas Llosa…
Morreu Mario Vargas Llosa. E com ele, uma das vozes mais lúcidas e corajosas na defesa da liberdade. Um portento — sim, um portento — da palavra, da crítica, da dignidade humana. Ao longo de décadas, encarnou uma luta incansável pelo pensamento livre, pela denúncia do autoritarismo e pela valorização da arte como trincheira contra a opressão.
Para Mario Vargas Llosa, a liberdade não era apenas um valor — era o próprio chão onde tudo se constrói. Mais essencial que o pão ou a justiça, porque sem ela, nenhum deles se sustenta. Sabia que o papel da arte e da literatura vai muito além do entretenimento: são faróis que iluminam caminhos alternativos, e por isso mesmo incomodam os que odeiam a liberdade.
Mario Vargas Llosa alertava para o inimigo mais subtil e insidioso: a censura que se instala dentro de nós. Aquela que nos faz calar, que nos acomoda, que troca o pensamento livre pelo conforto da obediência.
E talvez o seu alerta mais urgente seja este: os inimigos da liberdade nunca desaparecem. Mudam de rosto, de discurso, de bandeira. Mas estão sempre à espreita. Cabe-nos agora continuar a luta — com espírito crítico, com coragem, com palavras afiadas e pensamento livre.
Deixo aqui 3 pensamentos que me marcam para todo o sempre:
- “O preço da liberdade é a vigilância permanente.”
- “A liberdade é o valor supremo, porque dela dependem todos os outros.”
- “Sem liberdade não há criatividade, nem progresso, nem dignidade humana.”
José Augusto de Sousa Martins