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O povo pensou; analisou e escolheu! Cumpra-se a decisão!

Decorridas 3 semanas sobre as eleições regionais e apesar das análises já efetuadas, permitam-me que expresse a minha opinião.

Antes do mais, relevar o que julgo mais importante após o calvário dos últimos 18 meses. Que o povo Madeirense acredita e defende a Democracia e a Autonomia com “unhas e dentes”, como se provou pela participação eleitoral.

E que lê todos os sinais e analisa todos os perfis dos políticos. Nomeadamente dos líderes dos partidos e, assuma-se, das equipas que sabe que cada um deles tem ao seu dispor, por forma a dar resposta às expectativas e necessidades da população. Sabendo que “Roma e Pavia não se fizeram num dia” e que “quando a esmola é grande, até o santo desconfia”. E sabendo, ainda, se tanto se proclama que “à justiça o que é da justiça e à política o que é da política” ... que assim deve ser e não nos venham tentar confundir.

Foi neste quadro, portanto, de análise, reitero, dos perfis das lideranças partidárias e das suas potenciais equipas, bem como da dimensão e credibilidade (também pela exequibilidade) das propostas de todos e de cada um, que os Madeirenses fizeram a sua opção.

E foi, fundamentalmente, por isto! Pela sua capacidade de destrinça entre “quem vai a jogo e com que equipa”.

Pela estabilidade, obviamente também. Mas esta é consequência daquela. Não se subverta a questão. Não se denigra a capacidade de análise do Povo, perante “os chefs e as ementas que lhe foram apresentadas”. A estabilidade, repito, é só a consequência.

Decorrente da perceção, objetiva, sobre quem melhor servia, neste tempo em concreto, os interesses da Madeira e dos Madeirenses. E é sobre isto que creio que seria bom que as oposições ponderassem. Não se perdendo em desculpas de mau pagador, nem em ameaças que já começam a ser “lançadas ao vento”, como se não tivéssemos acabado de saber qual era a opção popular.

Dito isto, a responsabilidade da maioria, conseguida através do acordo entre o PSD e o CDS/PP, é, obviamente, maior. Muito maior!

Porque rima, em 1.ª instância, com possibilidade. Desde logo e antes do mais, possibilidade de concretizar o que se prometeu. Mas, também, possibilidade de melhorar o que está menos bem e corrigir processos. Possibilidade, ainda, de ver mais além, porque não constrangidos pelo curto prazo, antes com cerca de 1650 dias pela frente (atenta a expectativa/esperança de que as próximas eleições só ocorram em Setembro/Outubro de 2029).

Sim! 1650 dias! Porque em política, como na vida, tendo-se, sempre, como referência, as metas a alcançar até ao dia da avaliação maior... tem de se trabalhar, todos os dias, até à referida data.

Com os objetivos finais bem desenhados e estabelecidos, mas com todos os intermédios e todos os processos também fixados, pois “o fim é também a trajetória com que se o alcança”.

Que assim seja e que a melhoria de condições de vida, de todos os Madeirenses sem exceção, se acentue e que a Autonomia se aprofunde e alargue, de modo que os órgãos de governo próprio, da Região, possam fazer, no futuro, ainda mais e melhor!