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Estabilidade tem que rimar com Responsabilidade

A Madeira falou mais uma vez. E disse, de forma inequívoca, que quer ser governada pelo PSD e por Miguel Albuquerque. Que não quer, de forma alguma, ser liderada por um PS que não lhe inspira qualquer confiança.

E porque a Madeira falou, regressámos a 2019. A um governo de maioria absoluta dos aliados do costume. De um PSD que tudo domina, porque é, efectivamente, mais eficaz, e de um CDS que ninguém incomoda, e que não se compromete com nada, excepto com a sua sobrevivência.

A Madeira falou e a estabilidade do costume voltou. A estabilidade na qual a instabilidade nasceu.

Mas agora acabaram-se as desculpas. Acabou-se a gestão corrente que tanto impedia, mas que, afinal, tanto permitiu. A oposição deixou de ser obstáculo a uma governação estável, virtuosa, eficiente e reformista. De ser o travão ao apregoado crescimento da Madeira, que muitos continuam a não sentir.

Por isso mesmo, este Governo Regional (que é o Governo Regional de 2019) está obrigado a governar. Obrigado a resolver os problemas dos madeirenses, e não apenas os seus. Obrigado a acabar com as listas de espera para consultas, exames e cirurgias. Obrigado a criar condições para que sejam colocados mais imóveis no mercado, a preço mais baixo. Obrigado a esgotar o diferencial fiscal e a assegurar a competitividade da Zona da Franca. Obrigado a deixar a actividade económica e a sociedade respirarem. Obrigado a criar condições para que os jovens voltem para onde querem estar. Obrigado a aprofundar a Autonomia que deixou estagnar. Obrigado a fazer aquilo que já podia (e devia) ter sido feito há muito. Aquilo que a Madeira e os Madeirenses precisam.

Porque, com tanta estabilidade e tanto poder, este Governo, o Governo de 2019, só não fará aquilo que não quiser, ou não souber fazer.

E porque a estabilidade tem que rimar com responsabilidade, mas também com coragem e competência, se este governo não durar 4 anos e/ou se não fizer as reformas que a Madeira necessita, a culpa será, exclusivamente, sua, e não da oposição.

Quem tudo pede e tudo recebe, tudo deve. Quem recebe a confiança do eleitorado tem que saber honrá-la. Aproveitar o que tem, para dar aos outros aquilo que merecem ter. Para não deixar tudo na mesma. Para servir quem neles confiou, e não a si próprio.

E porque os princípios não são variáveis, nem se mercadejam, a Iniciativa Liberal lá estará. Onde sempre disse que estaria: na Assembleia Legislativa. A fazer oposição. De forma construtiva, responsável e rigorosa. Apresentando propostas e indicando alternativas liberais. Fiscalizando o que é feito, e censurando o que é mal feito. Apontando o que ficou por fazer, e devia ser feito.

Porque foi este, e não outro, o papel que a Madeira nos confiou. Porque é isto que ela espera de nós. E porque nós não desistimos. Nem dos nossos princípios, nem da Madeira e dos Madeirenses.

Porque estabilidade tem que rimar com responsabilidade.