Universidade da Madeira
A resolução do acesso a fundos comunitários para ações específicas, aos quais tanto a UMa, quanto a Universidade dos Açores não têm tido acesso
Em outras ocasiões, tanto em discursos e intervenções, quanto em documentos estratégicos, insisti na necessidade de a Região Autónoma da Madeira otimizar o valor de cada um dos substantivos que fazem o título do presente artigo.
A palavra MADEIRA é uma palavra forte, em todas as aceções associadas às suas características identificadoras.
A palavra UNIVERSIDADE é, igualmente, uma palavra determinante, quando se pensa, por exemplo, em saber, especialização, formação, ciência e tecnologia.
Ambas constituem um par, que, do ponto de vista da implementação de uma política de desenvolvimento, não carece de apresentações. Carece, antes, da congregação de meios e de um objetivo comum que vise o desenvolvimento socioeconómico e cultural da RAM.
No caminho que a UMa vem a percorrer nos últimos anos, tem sido evidente e reivindicado que a Madeira e a sua Universidade se aliem, nas áreas de interesse comum, para alcançarem os correspondentes objetivos autonómicos e académicos.
O ponto de desenvolvimento a que a UMa chegou é deveras assinalável, mas não basta. Tem de ir mais além. Tem de atingir um patamar de crescimento compatível com o que definiu ser o seu estatuto na sociedade. Tem de se compaginar com o grau mais elevado de desenvolvimento e inovação da RAM.
É, para isso, necessário continuar a trabalhar, para resolver algumas questões fundamentais e ainda pendentes:
O reforço do investimento nacional e regional para financiar linhas de ação relacionadas com a formação especializada para munir as instituições e empresas dos recursos humanos mais adequados às suas exigências;
O investimento em infraestruturas, tanto para a sua recuperação e reabilitação (em complemento às que estão atualmente a ser realizadas, no âmbito das residências universitárias), como de novos edifícios para aumentar a capacidade instalada no Campus da Penteada;
A resolução do acesso a fundos comunitários para ações específicas, aos quais tanto a UMa, quanto a Universidade dos Açores não têm tido acesso;
A majoração do orçamento da UMa para compensar os sobrecustos de insularidade e de ultraperiferia, cuja solução pode, por exemplo, passar pela inscrição de uma norma na Lei das Finanças Regionais.
Os planos estratégicos da UMa foram elaborados com o objetivo de transformar o meio onde se encontra inserida, sem menosprezar as dimensões nacional e internacional. A transformação faz-se com tempo e com meios. Faz-se também com trabalho, com um projeto de mudança e, naturalmente, com decisões políticas.
É, neste contexto, que espero, para o próximo quadriénio, poder ver concretizada a justa ambição de termos uma Universidade, orientada, em todas as suas áreas de intervenção, para atingir o padrão de desenvolvimento que aqui deixo registado.