Dinamarca volta a negar a Trump anexação da Gronelândia
A Dinamarca reafirmou hoje que a Gronelândia "não está aberta" à anexação, depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter insistido na ideia de o território autónomo dinamarquês ser integrado nos Estados Unidos.
"A Gronelândia não está aberta à anexação, quer ao abrigo do tratado da NATO, da Carta das Nações Unidas ou do direito internacional", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen, citado pela agência francesa AFP.
Trump disse na quinta-feira que a anexação da Gronelândia pelos Estados Unidos acabará por acontecer para promover "a segurança internacional".
"Penso que vai acontecer. Precisamos dela [da Gronelândia] para a segurança internacional", disse Trump na Casa Branca, ao lado do secretário-geral da NATO, Mark Rutte.
Trump disse pela primeira vez que queria comprar a Gronelândia em 2019, durante o primeiro mandato na Casa Branca (presidência), e voltou à carga desde que foi eleito em novembro de 2024.
A ilha ártica com dois milhões de quilómetros quadrados (80% dos quais cobertos de gelo) tem uma população de apenas 56 mil habitantes.
Os Estados Unidos mantêm uma base militar no norte da Gronelândia ao abrigo de um amplo acordo de defesa assinado em 1951 entre Copenhaga e Washington.
Além da localização estratégica no Ártico, a Gronelândia possui minerais de terras raras presos sob o gelo, necessários para as telecomunicações, e milhares de milhões de barris de petróleo por explorar, segundo a agência norte-americana AP.