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Estudo alerta para actores de desinformação que se passam por media credíveis

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Foto Shutterstock

Os atores de desinformação estão a fazer-se passar por meios de comunicação confiáveis para que as falsas alegações pareçam legítimas, segundo um estudo desenvolvido pela NewsGuard's Reality Check.

De acordo com a organização, "desde 2018 os malfeitores divulgaram 88 alegações falsas com base em notícias fabricadas que se passavam por 40 organizações de media confiáveis".

Para isso, os agentes de desinformação replicam a identidade visual e o tom dos veículos tradicionais, explorando a credibilidade dessas organizações, de forma a aumentar as hipóteses de que a falsa narrativa se espalhe amplamente e com aparente credibilidade.

Dos 88 casos identificados pela News Guard no estudo divulgado na terça-feira, 73 (71,6%) tiveram origem em operações de influência russa com o objetivo de difundir desinformação anti-Ucrânia usando relatórios falsos com o estilo de veículos de comunicação como a BBC.

Cerca de 17 casos (19,3%) vieram dos Estados Unidos da América (EUA) e do Reino Unido, sendo referentes à manipulação de gráficos e transmissão de notícias falsas sobretudo na área política.

Foram também detetadas oito publicações (9,1%) criadas por atores estatais iranianos usando táticas semelhantes às campanhas russas.

O estudo concluiu ainda que a lista de atores malignos tem origem principalmente em agentes do Governo russo, sendo que entre os meios de comunicação mais falsificados estão a BBC, CNN e USA Today.

A NewsGuard's Reality Check explora notícias e a forma como a desinformação se espalha 'online' e pretende descobrir as forças que moldam as narrativas falsas disseminadas na internet.