Idade média na administração pública sobe 4,8 anos desde 2011 para 48,4 anos
A idade média dos trabalhadores da administração pública (AP) aumentou, entre dezembro de 2011 e junho deste ano, 4,8 anos, fixando-se agora em 48,4 anos, de acordo com um boletim estatístico hoje divulgado.
Segundo dados da Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP), entre dezembro de 2011 e junho de 2025, "a idade média dos trabalhadores da AP aumentou 4,8 anos (de 43,6 anos de idade em dezembro 2011 para 48,4 anos em junho 2025)".
A entidade revelou que a "idade média estimada aumentou em todas as carreiras, com exceção das carreiras médica e de investigação científica", destacando que em junho de 2025, "as carreiras de oficial dos registos e notariado (57,5 anos), administração tributária e aduaneira (54,7 anos) e dirigente superior (54,4 anos), apresentavam as idades médias mais elevadas".
Por outro lado, "as carreiras das forças armadas (34,5 anos), de bombeiro (40,7 anos) e médica (41,1 anos) detinham as idades médias mais baixas", indicou.
A DGAEP disse ainda que "em 30 de junho de 2025, dois terços (66,6%) dos postos de trabalho das administrações públicas eram ocupados por trabalhadores com 45 e mais anos".
No mesmo boletim, a entidade indicou que, no final de junho, "mais de metade (56,4%) dos 760.928 trabalhadores das administrações públicas detinham habilitações ao nível do ensino superior, enquanto 27,6% detinham o ensino secundário e 16,0% apenas o ensino básico", sendo que perto de "14,1% possuíam um nível de escolaridade superior a licenciatura (10,7% com mestrado e 3,4% com doutoramento)".
Entre dezembro de 2011 e junho de 2025, verificou-se um aumento de 7,7 pontos percentuais (p.p.) de trabalhadores com o ensino superior e uma diminuição de 12,1 p.p. de trabalhadores com o ensino básico.
"Em junho de 2025, o nível de tecnicidade do emprego, medido pela proporção de trabalhadores com ensino superior, era elevado (56,4%), situando-se 21,8 p.p. acima do mesmo indicador registado para a população ativa (34,6%)", destacou.