DNOTICIAS.PT
Eleições Presidenciais País

Marques Mendes insiste que mexer na Constituição não é uma prioridade

None
FOTO ESTELA SILVA/LUSA

O candidato presidencial Marques Mendes reiterou hoje, no Porto, que mais importante do que mexer na Constituição é resolver os problemas da habitação, saúde, segurança e da imigração que Portugal enfrenta.

"Eu acho que as prioridades do país neste momento não passam por mexer na Constituição. As prioridades do país neste momento são resolver o problema da habitação, da saúde, da segurança e da imigração", afirmou no final de uma visita ao mercado do Bolhão.

Questionado sobre a admissão de Gouveia e Melo, na segunda-feira, no debate com André Ventura, de mexer na Constituição caso seja eleito Presidente da República, Marques Mendes demarcou-se desse cenário, reiterando que todos os problemas que enunciou resolvem-se "sem mexidas na Constituição".

"Os partidos decidirão, mas eu acho que as prioridades neste momento são resolver problemas concretos das pessoas e não tanto abrir uma querela constitucional", acrescentou o candidato.

Sobre o retomar, hoje, das negociações entre o Governo e a UGT sobre o novo pacote laboral, o candidato entende que a central sindical "saiu reforçada" da Greve Geral de quinta-feira e considerou-o um "aspeto positivo".

"A central sindical democrática só ganha em estar reforçada e acho que o país e o Governo só ganham em ter como interlocutor uma UGT reforçada, porque só é possível, na prática, fazer um acordo com a UGT. E por isso eu acho que o dia de hoje é um dia muito importante. Porque retoma-se o diálogo social, retoma-se a negociação", defendeu.

Vaticinando que "não é com uma, duas ou três reuniões que esta questão se resolve" e que "vai ser um processo longo, demorado", Marques Mendes continua a ver a CGTP de fora de um acordo com o Governo.

"Não, a CGTP não é novidade que, de um modo geral, não participa neste tipo de acordo social. Toda a gente sabe isso. Portanto, do lado sindical, todas as apostas são na UGT e a UGT também precisa de um acordo. Porque a forma da UGT se diferenciar da CGTP é pela mesa das negociações. Se for na rua, a CGTP ganha, à mesa das negociações, a UGT tem uma mais-valia. E, portanto, eu acho que neste momento se conjuga tudo para que haja diálogo e haja negociação", continuou.

O primeiro-ministro vai receber a CGTP no dia 07 de janeiro do próximo ano a pedido da central sindical, disse hoje à Lusa fonte oficial do gabinete de Luís Montenegro.

A CGTP tinha solicitado na segunda-feira uma reunião com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, reafirmando a exigência de retirar o pacote laboral, expressa, "de forma inequívoca", na greve geral de 11 de dezembro.

A CGTP e a UGT convocaram uma greve geral para 11 de dezembro, em resposta ao anteprojeto de lei da reforma da legislação laboral, apresentado pelo Governo.

Após a paralisação, a ministra do Trabalho convocou a UGT para uma reunião, que se realiza hoje, no primeiro encontro bilateral entre as duas partes após a greve geral da semana passada.

A reunião está marcada para as 17:00, no Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, em Lisboa, estando previstas declarações da ministra, Rosário Palma Ramalho, no final do encontro, segundo informação oficial do ministério.