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A máquina do cancelamento e os seus servis

A cultura de cancelamento tornou-se, nos últimos anos, a arma preferida da grande maioria da comunicação social e de certos grupos organizados que todos conhecemos. Não discutem ideias. Não enfrentam argumentos. Não permitem o contraditório. Aliás, até pouco lhes interessa a verdade dos factos e o código deontológico a que estão obrigados. Interessa-lhes, apenas, silenciar, distorcer e perseguir quem ameaça o seu conforto ideológico e os seus santos com pés de barro. E, hoje, em Portugal, bem como na Madeira, não há alvo mais apetecido e mais evidente do que o partido CHEGA.

É contra nós que se ergue essa máquina afinada para impedir as reformas profundas que o país desesperadamente necessita e para manter intacto o sistema que tantos benefícios tem dado a uns quantos instalados. É contra nós que se segue essa máquina distorcida, que, há décadas, esbraceja e barafusta a exigir mudanças, quando, na realidade, querem é que tudo fique como está, pois, bem lá no fundo, as sombras e a decadência são o contexto onde mais proliferam.

Assim, a cultura de cancelamento manifesta-se em tudo aquilo que tocam e fazem: na forma como as notícias são montadas, nos títulos enviesados, na selecção dos excertos, na ordem em que os factos são apresentados e até nos silêncios calculados que escondem aquilo que não convém mostrar. É, na realidade, uma censura polida, moderna, disfarçada, embrulhada numa falsa superioridade moral que se arroga dona da virtude, mas que tem sempre como fim último truncar deputados e líderes do CHEGA, citar mal os que falam, retratar mal os que dão a cara e ignorar ou esconder quando dizem as verdades que são difíceis de engolir. Em vez de informação, os mestres do cancelamento, escondidos atrás de teclados ou bem sentados nas cadeiras de certos estúdios, servem ao público um guião pré-preparado, onde o CHEGA e os seus associados são apresentados como culpados de todos os males, mesmo daqueles que não criaram e que estão, há décadas, à vista de todos, a sufocar quem merece uma vida digna.

Nos ‘painéis de opinião’ – quais esquadrões de fuzilamento! – a estratégia é ainda mais transparente, com ‘comentadeiros’ escolhidos a dedo, alinhados para representar tudo menos aquilo que o CHEGA defende. Como hienas sedentas, criam uma encenação de pluralidade, mas onde apenas se permitem vozes que confirmem a narrativa dominante, que é a do sistema e dos seus servis. Resultado? O CHEGA perde todos os debates. O CHEGA fala mal em todas as ocasiões. O CHEGA nunca tem planos, nem programa, nem quadros. Mas, depois, chega a realidade – essa que não se dobra perante ‘paineleiros’, ‘opinadeiros’, intelectuais da bica e colunistas engajados – e desmente, um a um, os que vivem da tentativa constante de nos apagar do espaço público e que se alimentam de ataques fáceis e de frases feitas.

E, paradoxalmente, quanto mais batem no CHEGA, mais o CHEGA cresce. Quanto mais tentam nos calar, mais os Portugueses de Bem percebem que só nós temos a coragem de enfrentar os problemas que os outros fingem não ver, entre os quais a corrupção entranhada nas instituições, o amiguismo que domina concursos e nomeações, o compadrio que garante carreiras a quem nunca produziu nada, o uso abusivo do dinheiro público para sustentar quem não quer trabalhar, a carga fiscal sufocante, o desprezo pelos idosos e pelos antigos combatentes, o despesismo irresponsável que rouba o futuro às novas gerações e a total incapacidade de reformar um Estado que vive para si próprio – e nunca para o Povo!

A cultura de cancelamento é a mais evidente muralha erguida por quem teme que Portugal acorde, questione e exija mudanças reais. Inclusivamente aqueles que andaram a vida política toda a pedir uma nova República e a falar do fim do bipartidarismo – mas, hoje, difamam que a está, finalmente, a erguer. Mas essa muralha está a rachar. Os portugueses já perceberam que há apenas um partido que diz o que tem de ser dito, que enfrenta quem tem de ser enfrentado e que não se ajoelha perante a comunicação social activista e os seus pequenos e miseráveis tribunais de virtude.

A IV República virá – e virá pela mão do CHEGA! Já fizemos a curva da História. Agora, é avançar sem medo. Vamos mudar Portugal. Doa a quem doer. Incomode quem incomodar. E por muito que isso custe a certas pessoas e a muita comunicação social que há muito deixou de servir o país para servir interesses próprios.