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Crónicas

Sem vergonha

Os jornais centenários também morrem. Quando desprezam amigos e parceiros

Não sou imune à crítica no Diário. Assim, pegaram comigo de forma miserável.

Sem razão e a mando de infelizes militantes do PSD, daqueles que procuram derrotar o seu próprio partido. Igualzinhos aos que nos fizeram perder as autárquicas em São Vicente. Da mesma laia dos que exigiram disciplina militar ao longo de quarenta anos e agora minam e procuram destruir a liderança vitoriosa de Miguel Albuquerque.

Dos que nada fazem pelo partido, não se propõem fazer e, como tal, serão sempre desprezados. Caí na asneira de perguntar à jornalista, Paula Henriques, quem tinha sugerido me questionarem, ao que me respondeu: “não lhe posso dizer pois não me darão mais informações no futuro”. Ah valentes “social democratas” traidores como lhes chama o velho ex-líder.

Esses infelizes cobardolas, sempre refugiados numa vida anónima de traição, sem currículo, trabalho feito ou iniciativa própria, devem ter procurado esta ação de oposição ainda antes das eleições. Era mais uma bicada. Curiosamente o Diário terá adiado a publicação. Agenda própria? Não, apenas sabem que eu teria faltado ao debate na noite eleitoral para que me convidaram. Era o cúmulo da deselegância, mas coisa possível na Fernão de Ornelas. Gente sem nível. Convidam e, dois dias depois, dão porrada. A porcaria que por lá deve andar convidada.

É este Diário, tão mau como o de outros tempos passados, que se agarra à mais pura guerra interna partidária, recusada pela concorrência escrita regional, mas aproveitada sabe-se lá com que propósito.

Talvez em resposta a eu ter denunciado no Diário uma redação do desporto sem qualquer jornalista afeto ao Nacional. Jogo viciado. Não desmentido. Como outros que por ali fazem.

Noutra perspectiva, a política, passa-se situação semelhante. Tudo do contra. Tudo de esquerda. E já começaram a trabalhar para daqui a quatro anos!

Mas estão com azar. Agora são quatro anos de estabilidade política numa Região com maioria parlamentar, interrompida por uma eleição sem partidos em que, por mim, pode ganhar qualquer candidato masculino. De preferência Marques Mendes, o mais “amigo” da Madeira.

Mas vamos ao que me fez mudar de tema nesta crónica.

Uma jornalista do Diário telefonou-me dizendo ter umas críticas internas do PSD sobre a eventual pouca actividade do gabinete de estudos do partido. Depois de uns primeiros considerandos na condição “off the record” disse que se a referida jornalista tivesse tanta curiosidade sobre o assunto pedia-me uma entrevista e … falávamos. É o normal e, no seu caso, seria a atitude profissional. Eu sou colaborador do DN.

Mas não. A vontade de escrever só com o conteúdo da bilhardice partidária fez com que a jornalista escrevesse e publicasse sem mais detalhes. Nem respondeu ao facto de lhe ter sugerido indagar, do mesmo modo, nos partidos da oposição.

É o que temos! Por isso cada vez menos assinam e leem o Diário. Os jornalistas acham que aquilo é deles e não têm de responder perante seja quem for. O patrão traz dinheiro.

Porque a referida jornalista não se preocupa a avaliar porque o Diário é cada vez menos assinado, menos lido e com menos publicidade? Como também pela fraca audiência da rádio TSF apesar dos contributos, à borla, de inúmeras personalidades políticas e sociais da Madeira? Nem sei como me convidam se sou tão mau interveniente?

Bastava uma palavra do director do Diário, Ricardo Oliveira, para fazer a jornalista saber que, todos os quinze dias no Diário e na TSF, dou opinião, faço sugestões e propostas sobre temas da vida económica e social da Madeira e Porto Santo.

Não vou à casa de banho uma vez por cada qualidade económica e social que represento. Vou uma vez por todas. Tudo o que faço envolve-me na globalidade das minhas actividades. Assim também é com a minha palavra escrita e falada: quando digo qualquer coisa envolve todas as qualidades que represento.

Conhecem alguém na Região que mais opiniões e propostas apresente para o nosso presente e futuro?

A referida jornalista, ou quem lhe encomendou ou incumbiu de preencher a página do Diário sobre o meu trabalho no gabinete de estudos do PSD, não foi eticamente séria e apenas quis um acerto de contas que desconheço o motivo.

O que lhe disse ao telefone foi “off the record” e desprezou essa máxima. Se fez gravação sorrateira poderá confirmar. Disse-lhe, que se me telefonasse para o efeito, podia lhe dar uma entrevista. Oportunidade para todos os esclarecimentos pretendidos e necessários.

Mas não. Já tinha a página à espera num texto desprezível pois nada mais pretende que fazer chicana partidária.

Com foto minha do tamanho como nunca antes tive, aqui reproduzida, nem quando recebi a maior condecoração atribuída pelo Governo Regional.

Nem com a cortesia que é devida a quem escreve há dezenas de anos no Diário, comenta há anos na TSF, tinha acabado de perder uma noite para estar nessa rádio para comentar resultados eleitorais, entre muitas outras ajudas que tenho proporcionado.

Este Diário não merece cuidado. É banal e dispensável. Persegue pessoas e opiniões. E podemos falar dos critérios de seleção para imunidade às críticas: há gente que não “leva”.

O director, o sub-director e a jornalista tiveram inúmeras oportunidades para contacto pessoal comigo e esclarecimento suficiente. No domingo deixei o Diário depois da meia-noite, já segunda. A senhora ligou-me nesse dia. O trabalho foi publicado na terça. Sem qualquer qualidade jornalística. Com o mínimo nível profissional. “Trabalhinho político”. É mais foto pessoal que texto. Apenas fazer um frete a quem lhe dá informações da vida do PSD. Ficou com créditos junto desses energúmenos. Veremos as próximas notícias da senhora e perceberemos.

Deus me livre eu ter um Diário para preencher com conteúdo tão baixo.

Agora, grave é que ainda não me tinham chamado de preguiçoso. Essa senhora não tem estatuto nem idoneidade para insinuar, sobre mim, seja o que for. Mesmo com a benção do seu chefe. Porque este conhece-me bem e sabe não me poder acusar de falta de dedicação ao que me entrego. De cumprir com o que me prometo. De aceitar a ajuda que me pedem.

Estou reformado e tive vida activa intensa durante quarenta e nove anos. Actualmente ainda trabalho todos os dias. No que quero! Uma parte para o Diário.

Por isso aceitei o convite de Miguel Albuquerque, o melhor líder político da nossa democracia.

Na qualidade de presidente do gabinete de estudos do PSD faço parte da Comissão Política Regional do PSD/M, respondendo perante o seu Presidente. É a ele, ou a quem ele indicar, que entrego o que faço e a mais ninguém. Não trabalho para o governo nem para as câmaras. Para o Presidente do PSD/M.

Foi assim que desenvolvi trabalho na área financeira e fiscal e da lei das finanças regionais que entreguei ao Presidente do partido. Como muitos outros temas que avaliei. Alguns, não confidenciais, publicados no Diário.

Ainda não me tinham sugerido ser preguiçoso. É uma novidade do jornal onde colaboro à borla uma página de quinze em quinze dias e, com igual periodicidade, na rádio comento durante uma hora.

Os jornais centenários também morrem. Quando desprezam amigos e parceiros.

Nota: depois de escrita esta peça vejo um “planeta” no DN de domingo sobre mim. Os covardes são assim. Escrevem sem nome nem cara. Também os há por ali. Esta crónica dará oportunidade a mais um acto de “heroísmo”, no domingo, de alguém no Diário.

Escreveram que se a cevada “não fermenta bem, a cerveja cai mal”. Quantos salários do DN foram e são pagos com o dinheiro da cevada?