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Dados e factos

Consternação profunda pelo atentado contra civis ocorrido a 22 de março, numa sala de espetáculos em Moscovo, de modo que solidariedade ao povo russo.

Condenam-se atos terroristas, todos sem excepção, sejam em Moscovo, Kiev ou Nova Iorque; em Telavive, Bagdade ou Gaza; em Paris, Madrid ou Damasco; em Tóquio, Teerão ou Londres; em Mogadíscio, Estocolmo ou Roma -, o terrorismo, quando e onde aconteça, é execrável e intolerável, independentemente de sua origem (política, ideológica, histórica, geoestratégica, religiosa, étnica, o que seja).

Teve-se já (por anos) enganos, ilusões, utopias; teve-se outrora (já não agora) crença e fé nas manhãs que cantam. Todavia (dias há no mundo), sabe-se, que Inês é morta. E o shakespeariano dilema ser ou não ser (Humanidade), a questão.

Lúcidos, demarcai da revolução dos bichos e esconjurai porcos latitudinais e longitudinais, mais iguais que os outros; afastai esse cálice globalitário e venenoso.

Lúcida continuará a Poesia, pronta para destroncar a ordem do dia e desafiá-la com outras premissas, quiçá menos esdrúxulas. A metáfora, a nudez, o humor e o amor, elementos que ajudam a desmantelar o desmazelo dos pronomes obsessivos.

Assim, está-se com o escritor Germano Almeida que, no tocante à prisão kafkiana de Amadeu Oliveira, tudo não passa de uma emenda que apenas piorou o soneto já de si tão mal escrito.

Outrossim, saúda-se nestes dias apoéticos, Fausto do Rosário, bom amigo, que ao existencial susto (João Cabral de Melo Neto dixit), peso e medida.