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O tempo é o senhor da razão

O tempo veio a dar-me razão. Passou pouco mais de um mês, desde a reunião partidária em que defendi, contra tudo e contra todos a urgência da realização de eleições e de colocar o interesse da Madeira em primeiro lugar. Recordo que fui contra a solução da “cúpula” de substituir interinamente o Governo Regional, sem a realização de eleições. Uma solução que só serve o interesse de alguns e que não se coaduna com o interesse do povo madeirense.

O tempo veio a dar-me razão, quando disse que o partido não podia ser unipessoal, não podia ter donos e estar refém de duas ou três pessoas.

O tempo veio a dar-me razão, quando referi que este ciclo político terminou e que é tempo de dar espaço a novas caras, a novas políticas, de regenerar o PSD e aproximá-lo das bases, da juventude.

O tempo veio a dar-me razão, quando referi que a solução é marcar eleições internas, para rapidamente decidir como é que o PSD se vai apresentar nas próximas eleições regionais, com quem e com que programa.

O tempo veio a dar-me razão, quando referi que é altura de pôr as mãos à obra, para voltar a conquistar a confiança e o voto dos madeirenses e dos porto-santenses e de estarmos unidos em torno de um desafio eleitoral importante, como é o do dia 10 de março.

Agora pelos vistos tudo mudou e ironicamente aqueles que me contestaram, mudaram subitamente de posição e decidiram ir a eleições.

Infelizmente muitas vezes somos contestados e ficamos isolados por termos razão. Mas, para mim, mais importante do que ter razão, o que importa é lutar por aquilo que acredito ser o melhor para Madeira. É isso que continuarei a fazer.

Lamento que se tenha perdido este tempo todo e que agora se queira fazer tudo à pressa, numa clara estratégia de prejudicar o necessário debate interno.

Lamento todos os constrangimentos existentes que põem em causa o exercício livre do direito de voto na escolha do novo líder do PSD-M.

Lamento que o calendário eleitoral interno, misture as eleições para a escolha do próximo presidente do PSD-M, com as eleições para os nossos representantes na Assembleia da República.

Foi, uma vez mais, uma má decisão – que certamente não tem em conta o interesse da Madeira e do partido, mas o interesse da manutenção a todo o custo, de duas ou três pessoas da estrutura do PSD-M.

Apesar de todos estes ziguezagues e de todas as manobras para manter a todo o custo esta cúpula, tenho a certeza que os madeirenses e os militantes social-democratas saberão escolher aquilo que é o melhor para a Madeira e para o nosso futuro, quer no dia 10, quer no dia 21 de março.

É tempo de virar a página, de mudar de protagonistas e de políticas, de recuperar a confiança, credibilizar, unir e vencer.

O PSD–M deve ser de todos e para todos, e não só de alguns. Queremos um partido abrangente, que una e reúna gerações, um partido que conte com a opinião e com o contributo de todos, que respeite e que seja respeitado, que afirme ideias e causas.

Queremos um partido que lidere pelo exemplo, pelos princípios, que afirme causas e valores, que seja transparente e rigoroso.

Queremos recuperar a credibilidade e a confiança num novo projeto político, capaz de ir ao encontro das reais necessidades das pessoas.

Um partido responsável, plural e moderno, que reafirme a Autonomia e que esteja ao serviço da Democracia e da Solidariedade Social.

Acredito que o melhor candidato do PSD-M para ganhar as próximas eleições regionais é o Dr. Manuel António Correia e por isso apoio a sua candidatura à presidência.

Acredito na sua vitória e na vitória da sua equipa. Uma equipa para credibilizar, unir e vencer.

Estou confiante que o tempo, que é o senhor da razão, voltará a estar do nosso lado e a dar-nos razão!