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Sobe para 22 o número de mortos com passagem de ciclone no sul do Brasil

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O número de mortes causadas pela passagem de um ciclone extratropical que avança desde segunda-feira pela região sul do Brasil subiu para 22 nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, segundo fontes oficiais.

O Rio Grande do Sul, que faz fronteira com a Argentina e o Uruguai, é a região mais atingida pelo ciclone, com um balanço preliminar de 21 mortos e cerca de 4.000 desalojadas, anunciou o governador regional, Eduardo Leite, numa conferência de imprensa.

Esta já é a pior tragédia causada por um evento climático extremo no Rio Grande do Sul.

A outra vítima mortal foi registada no estado vizinho de Santa Catarina, onde um homem morreu quando uma árvore caiu sobre o veículo em que viajava.

Cerca de 60 municípios do Rio Grande do Sul sofreram danos em decorrência dos fortes ventos e das chuvas intensas, que isolaram comunidades inteiras devido às enchentes e à cheia dos rios.

De acordo com a Defesa Civil, 15 das 21 mortes registadas no Rio Grande do Sul ocorreram em Muçum, onde as chuvas submergiram grande parte do município e muitos moradores foram obrigados a  refugiar-se nos telhados das suas casas.

Eduardo Leite disse que o número de mortos pode aumentar nas próximas horas, pois o nível da água só começou a baixar hoje, permitindo que os serviços de resgate inspecionem as áreas mais afetadas.

Sublinhou ainda que a prioridade agora é "resgatar" as famílias que ficaram isoladas.

Este é o quarto ciclone extratropical que atinge o Rio Grande do Sul desde junho.

Nesse mês, outro ciclone causou a morte de 16 pessoas. Em julho, o fenómeno repetiu-se, deixando um morto, cerca de 20 feridos e cerca de um milhão de pessoas sem eletricidade. Um terceiro ciclone passou em agosto, sem grandes danos registados.