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Madeira

UMAR/MADEIRA lembrar as reivindicações para as pessoas seniores na véspera do Dia Internacional do Idoso

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Foto Shutterstock

A UMAR/MADEIRA veio hoje a público lembrar as reivindicações para as pessoas seniores, que comemoram o seu dia a 1 de Outubro. “Estas reivindicações são ainda mais importantes se tivermos em conta que um novo Governo Regional vai tomar posse, e que as mesmas devam ser tidas em consideração, no programa que o mesmo vai apresentar”, defende a associação em comunicado de imprensa.

“Vive-se cada vez mais, por isso é necessário e crucial preparar as sociedades para a maratona da longevidade. A pandemia foi um grande sinal de alerta, e de alarme, para que os países e as regiões adoptassem planos que protegessem as pessoas mais velhas e as mais carenciadas”, advoga a UMAR, que pede “mais investimento nas políticas sociais para que o cenário da pandemia não venha a repetir-se nunca mais”.

“É fundamental apoiar a que as pessoas se mantenham activas no processo de envelhecimento, e a ser cada vez mais independentes, autónomas e saudáveis. É necessário garantir que as pessoas possam viver mais anos com qualidade, prolongando a sua autonomia e independência. Para que isso aconteça é crucial terem boas condições de vida e de saúde, e rendimentos adequados através de reformas e de pensões decentes. Ninguém deve ficar dependente de esmolas e caridade”, argumenta a associação.

Por outro lado, entende a UMAR que “é urgente dar-se prioridade ao atendimento público de saúde, a todos os níveis, e ao acesso a Centros de Dia, melhor apetrechados, com programas inclusivos e com actividades diversas, internas e externas”.

Neste campo, a associação define como “medidas fundamentais”: a isenção no pagamento dos transportes públicos e de taxas no sistema de saúde, finanças e municipais; a redução no preço dos medicamentos; o acesso prioritário aos exames complementares de diagnóstico; maior ajuda domiciliária; acesso a Centros de Noite e a diferentes programas culturais.

“É urgente implementar um outro conceito de lar de acolhimento que não seja apenas um depósito para colocar pessoas à espera da morte. Essas pessoas devem ser encaminhadas para cuidados de saúde especializados. Os lares devem servir para ajudar as pessoas que ainda conseguem fazer coisas, mas já não conseguem viver sozinhas numa casa. Acreditamos que se forem ajudadas convenientemente, conseguem manter-se ativas, com a devida ajuda especializada, e podem ter um papel muito importante, no registo da memória histórica, e na passagem do testemunho de experiências entre gerações”. UMAR/Madeira

Numa outra nota, a associação defende que “devem ser banidos os termos infantilizados como, por vezes, são tratadas as pessoas seniores, até pelos técnicos de saúde” aos quais é “crucial” dar “mais formação profissional adequada”.

A UMAR alerta igualmente para a necessidade de ter mais gerontólogos sociais. “Só assim vamos garantir a sustentabilidade para todas as gerações. Esta é uma grande questão de direitos humanos que também está colocada à Madeira. Não é fácil, mas é possível se as políticas forem adequadas”, sustenta a associação.

“Fazemos um apelo neste dia para que a idade seja um sinal de respeito e de experiência que deve ser sempre aproveitada para o bem-estar das pessoas seniores e para o benefício da sociedade em geral”. UMAR/Madeira