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Madeira

Direcção dos Bombeiros da Ribeira Brava prefere falar em “prémio”

Paulo Andrade esclarece, ao DIÁRIO, que é prática corrente o pagamento aos bombeiros que estão de folga para participarem em diversos eventos

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Foto Arquivo

Perante a denúncia de alguns bombeiros para o que consideram ser um “suborno” da parte da direcção da Associação Humanitária de Bombeiros da Ribeira Brava e Ponta do Sol com vista à participação dos elementos da corporação numa cerimónia que acontece esta tarde, no quartel local, o presidente da diecção da instituição esclarece, ao DIÁRIO, que o procedimento de pagamento adoptado é o mesmo que tem sido seguido noutras circunstâncias em que os elementos que estão de folga têm sido chamados a participar em eventos ou iniciativas organizadas por diversas entidades, dando como exemplo o caso das iniciativas das Câmaras Municipais da Ribeira Brava e da Ponta do Sol, bem como os ralis ou as rampas.  

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Voluntários queixam-se do momento escolhido para a cerimónia e queixam-se do que dizem ter sido cortes nas ajudas de custo destinadas à compensação para alimentação e transporte

 “Neste momento, qualquer evento que Câmara da Ribeira Brava ou da Ponta do Sol solicite, e que os bombeiros estejam de folga, está a ser um valor, que é esse valor que os bombeiros supostamente referiram”, apontou Paulo Andrade.

“Este é mais um evento, em que foi transmitido ao senhor comandante que a direcção estava disposta a que eles sejam compensados”, complementa aquele responsável, salientando que o mesmo deve ser entendido “como um prémio e não como um suborno”, não sendo ninguém obrigado a participar.

Sobre o momento para a realização da cerimónia, Paulo Andrade rejeita qualquer associação ao período eleitoral que se vive, dizendo mesmo que não houve disponibilidade de qualquer das partes no processo para a sua realização anteriormente, daí a escolha pelo dia de hoje. “Tínhamos as cerimónias para fazer”, salienta, para justificar a sua realização neste mês de Setembro. “Não tenho culpa de haver eleições este ano e ter coincidido”, atira.

De caminho, rejeita, também, qualquer descontentamento entre os elementos da corporação, embora reconheça que deixou de ser pago uma verba destinada a compensar os custos com a alimentação e os transportes, uma vez que esse montante passou a ser integrado no aumento concedido recentemente. “Reforçámos o piquete [compensação pelo serviço voluntário] diurno com mais 10 euros e nesses 10 euros já está contemplada uma ajuda para a alimentação e o transporte. Se eles fizerem bem as contas até tiveram um aumento e não um corte”, realça o presidente da direcção.