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Saiba o que hoje é notícia

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O Papa Francisco chega hoje a Lisboa, um dia depois do início da Jornada Mundial de Juventude (JMJ), para a qual é esperado cerca de um milhão de pessoas.

Francisco foi o primeiro peregrino a inscrever-se, em outubro de 2022, na jornada que, até domingo, vai alterar a vida de Lisboa, e tem vindo a receber, nos últimos dias, milhares de jovens e peregrinos de todos os países, exceto Maldivas.

A terça-feira, primeiro dia da jornada, ficou marcada pela chegada de grandes grupos à capital para a missa de abertura, no Parque Eduardo VII, rebatizado, por estes dias, de "Colina do Encontro".

O cardeal patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, abriu a JMJ num palco em tons de azul e com um alerta aos jovens: não troquem o mundo real pelo virtual, "um mundo à escolha, diante de um ecrã e dependente de um clique que o mude por outro".

Hoje de manhã, chega a Lisboa o Papa.

Francisco será recebido na base de Figo Maduro, em Lisboa, pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Após a receção oficial, Marcelo recebe o Papa no Palácio de Belém, em Lisboa, onde terá honras militares por um batalhão constituído por cadetes-alunos oriundos da Escola Naval, da Academia Militar e da Academia da Força Aérea. Vai ouvir a Banda de Música da Força Aérea e uma salva de 21 tiros durante o hino do Vaticano a partir da Fragata D. Francisco de Almeida, fundeada no Rio Tejo.

Mais tarde, segue para o Centro Cultural de Belém (CCB), onde decorrerá uma cerimónia com as entidades oficiais, civis, membros do corpo diplomático e líderes de partidos políticos.

Do CCB, o Papa dirige-se para o Mosteiro dos Jerónimos, ainda em Belém, onde decorrerá uma missa de vésperas com membros do clero, como bispos, diáconos e padres da Igreja Católica.

À tarde estará na Nunciatura Apostólica, onde se encontrará com o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, e com o primeiro-ministro, António Costa.

Hoje, também é notícia:

SOCIEDADE

Os médicos terminam hoje uma greve de dois dias que dizem ter tido 95% de adesão na terça-feira, embora garantindo que a paralisação não afeta a assistência aos peregrinos da Jornada Mundial da Juventude.

No primeiro dia da greve, na terça-feira, a Federação Nacional dos Médicos (FNAM), que convocou a paralisação, disse que a adesão rondou os 95% e, nalguns casos, chegou aos 100%, como no Centro Hospitalar Universitário de Coimbra.

Em declarações à Lusa, a presidente da FNAM disse que houve blocos operatórios encerrados de Norte e Sul do país.

Em causa está a proposta que o Governo apresentou na última semana aos sindicatos, no âmbito das negociações que se iniciaram ainda em 2022, e que a FNAM considera "totalmente inaceitável".

A FNAM rejeita a manutenção das 40 horas de trabalho semanais e o acréscimo do limite de horas extraordinárias das atuais 150 para 300 por ano, o aumento "irrisório do salário base entre 0,4% e 1,6%", a manutenção das 18 horas de urgência e as regras previstas para o novo regime de dedicação plena.

Durante a tarde de terça-feira, uma concentração juntou mais de uma centena de médicos frente ao Ministério da Saúde, para entregar à tutela uma contraproposta em que reivindicam aumentos que compensem a perda de poder de compra, um horário semanal de 35 horas, a reposição das 12 horas em serviço de urgência e do regime majorado da dedicação exclusiva e a integração dos internos no primeiro grau da carreira.

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O planeta começa a partir de hoje a consumir recursos naturais que só deviam ser usados no próximo ano, entrando em sobrecarga, indicam os cálculos da organização internacional "Global Footprint Network".

Analisando as contas da pegada ecológica e a capacidade biológica de gerar recursos de mais de 180 países, a organização assinala este dia como o Dia da Sobrecarga do Planeta ('Overshoot Day', em inglês), em que a necessidade de recursos ambientais por parte da humanidade excede a capacidade do planeta para os produzir.

Nos últimos anos tem havido uma tendência de estabilização do dia em que o planeta começa a viver a crédito. A organização nota que há um aparente ganho (avanço na data) de cinco dias em relação ao ano passado mas acrescenta que, na verdade, do ano passado para este ano só se melhorou um dia. Os outros quatro dias devem-se a melhorias na edição das contas sobre a pegada do planeta.