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IPMA pretende criar Observatório Climático nos Açores

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O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) tenciona desenvolver um Observatório Climático nos Açores e prevê colocar em funcionamento dois radares meteorológicos em meados de 2024, disse hoje o presidente do organismo.

"Face à posição privilegiada da Região Autónoma dos Açores, tencionamos desenvolver um Observatório Climático, também ajudado pela competência que temos e a tecnologia que desenvolvemos", disse José Guerreiro.

O presidente do IPMA, que falava aos jornalistas no final de uma reunião com o presidente do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM), José Manuel Bolieiro, em Ponta Delgada, considerou que o projeto "pode ser um instrumento extremamente importante em termos daquilo que é o estudo das alterações climáticas na região do Atlântico, de que os Açores podem ser um pivô".

O responsável adiantou ainda que o IPMA está a fazer um investimento superior a cinco milhões de euros relacionado com a instalação de dois radares meteorológicos nos Açores, que deverão entrar em funcionamento "o mais tardar em meados do ano que vem" e ficarão instalados em São Miguel e nas Flores.

José Guerreiro referiu, igualmente, que o IPMA também está a adquirir estações automáticas de dados e a ampliar a informação "com tecnologia para fenómenos automáticos extremos", que já está em fase de teste.

Ao nível dos aeroportos, o responsável garantiu que o instituto reforçará os meios, para que "possa dar resposta adequada" à economia do turismo.

Por outro lado, está também a ser desenvolvido o processo relacionado com a instalação de 'smart cables' (cabos submarinos inteligentes) que permitirá "outra aproximação àquilo que são os riscos de 'tsunamis'".

"O processo está a ser desenvolvido. Estão a ser apuradas as questões técnicas, nomeadamente sobre o tipo de informação que vamos recolher. Não serão apenas dados sismológicos. Serão também ao nível dos dados biogeoquímicos que são extremamente importantes", salientou.

Neste âmbito, José Guerreiro destacou a importância do futuro Observatório Climático para o Atlântico, por "juntar aquilo que é a informação atmosférica com aquilo que se pode recolher na massa de água".