Regionais 2023 Madeira

Chega diz que "Governo só faz política para os amigos ricos"

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O presidente do Chega-Madeira e cabeça de lista às eleições legislativas regionais, lança duras críticas às políticas que estão a ser colocadas em prática pelo atual governo e aponta cinco áreas em que a acção governativas tem sido deficitária: desenvolvimento económico, segurança pública, carga fiscal, habitação e saúde. Miguel Castro apela à população para que participe no próximo acto eleitoral como uma oportunidade para reverter o rumo de desgaste e pobreza da Região.

O líder do Chega-Madeira indica que, com a aproximação das eleições, é tempo para um balanço dos últimos anos. "Na opinião do CHEGA-Madeira, tal reflexão não deve incluir apenas as questões relacionadas com a gestão quotidiana da Causa Pública, mas também as grandes opções governativas, ou seja, e por outras palavras, os vários compromissos de médio e longo prazo que o PSD e o CDS anunciaram na última campanha, avaliando até que ponto e de que forma os mesmos foram, ou não, alcançados", indica o partido.

Este é um tempo de balanço, o qual deve ser feito de forma honesta e desligada do tom eleitoralista e auto-congratulatório que os nossos governantes gostam de assumir em tantos momentos, mas que lhes é particularmente caro em épocas de campanha e pré-campanha. Os madeirenses e os porto-santenses merecem mais e melhor do que um governo que investe tanto do seu tempo e dos nossos recursos financeiros numa propaganda constante, a tentar a vender uma visão na Região que seja favorável aos seus interesses políticos e ao desejo de se agarrar ao poder a todo o custo Miguel Castro

Em relação às áreas que considera deficitárias, afirma que "os factos e a realidade das situações contradizem a imagem irrealista que o regime tanto promove". Fala, por exemplo, no fosso entre ricos e pobres, a perda de qualidade de vida dos cidadãos e o aumento no número de sem-abrigo, "agravamento da criminalidade, incluindo a violenta, a proliferação da toxicodependência e a insegurança degradante que se apoderou de certas áreas da nossa cidade".

Miguel Castro afirma que o crescimento da Região não se resume aos lucros de milhões que são anunciados por certas empresas, quase todas com ligações ao poder instalado. “As empresas que não beneficiam da mão amiga do governo têm de enfrentar uma penosa carga fiscal, que também afeta os cidadãos, pois o governo recusa-se a explorar ao máximo o diferencial fiscal que lhe é permitido porque lei, uma atitude que prejudica, e muito, as famílias. A isto se junta a crise na habitação, que o governo culpabiliza no mercado e não faz nada para resolver, e o drama das listas de espera, que só não tem efeitos ainda mais devastadores na saúde pública graças ao empenho exemplar dos profissionais do sector, muitos dos quais já estão em situação de exaustão física e psicológica.”   

“Pedimos que os cidadãos percebam que não basta se queixar e lamentar. As eleições servem para mudar aquilo que está mal, por isso apelamos às pessoas que querem uma vida melhor, às famílias saturadas com este estado de coisas e até às pessoas que não votam porque estão desiludidas que apostem num projeto diferente e na mudança. É preciso fazer melhor, mas isso só acontece se as pessoas usarem o seu voto para escolher uma alternativa a este governo, que apenas quer fazer política para os amigos e para os ricos", termina.