O Palácio de São Lourenço acolhe, desde ontem, a exposição 'A Sala da Senhora' da ilustre pintora madeirense Filipa Venâncio.

"Relevo em primeiro lugar o apreço que nos merece a sua obra, patente nas várias exposições anteriores que realizou no Funchal, algumas das quais em espaços igualmente de grande significado patrimonial como o Forte de São Tiago, o Museu de Arte Sacra do Funchal e a Capela da Boa Viagem", disse, na abertura da exposição, o representante da República para a Madeira.

Ireneu Barreto referiu que são conhecidas as referências públicas que tem merecido ao longo do seu percurso e que, em particular, ficou sensibilizado com o "interesse em olhar de um modo muito próprio este Palácio, os seus interiores e o seu passado e presente e em fazer dele o seu objecto pictórico, apresentando-nos uma proposta de 'intrusão pictórica' (como lhe chamou) verdadeiramente original. 

Esta proposta vem também ao encontro da intenção, desde sempre manifestada pelo Representante, de "abrir o Palácio de São Lourenço à fruição de madeirenses e visitantes, não apenas através das visitas, mas através de debates, conferências e eventos de artes plásticas e performativas". 

Recorde-se que em meados do séc. XIX, se instalou neste Palácio o primeiro museu e se realizou a primeira exposição que a Madeira teve, e que no séc. XX o Salão Nobre acolheu os saraus da Sociedade de Concertos da Madeira.

"Ao longo destes anos, temos prosseguido essa abertura à cultura a que me propus, e novamente acolhemos de forma especial esta exposição em que as telas de Filipa Venâncio dialogam com os salões do Palácio, que ficará patente até novembro, integrada no percurso que é diariamente acedido por residentes e por visitantes nacionais e estrangeiros". 

A pintora Filipa Venâncio, autora de mais esta exposição no seu já longo percurso artístico, já havia afirmado que se deixou “seduzir” pelo Palácio de São Lourenço.