O presidente do município do Porto Moniz, Emanuel Câmara, iniciou o seu discurso com uma "homenagem a quem nasceu, cresceu e viveu no Porto Moniz", deixando também uma palavra aos emigrantes.

Dirigindo-se, depois às entidades presentes, começou vincar a "grande satisfação" pela presença do representante da República para a Região na cerimónia, que decorre no Espaço Multiusos do Porto Moniz.

Na menção a Ireneu Barreto, Emanuel Câmara aproveitou para marcar posição e defender que "não se pode descurar a figura do representante da República nas regiões autónomas".

Já a José Manuel Rodrigues, presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, disse que "a casa da democracia na RAM era melhor representada quando existiam os círculos concelhios".

Mas o discurso só endureceu verdadeiramente quando Emanuel Câmara se dirigiu ao secretário regional de Saúde e Protecção Civil, que representa o presidente do Governo na sessão solene deste sábado.

Pese embora a "elevada consideração" manifestada a Pedro Ramos, o presidente da autarquia considerou que "a população do Porto Moniz merecia a presença do presidente do Governo".

Escusando-se a tentar perceber a ausência do chefe do executivo madeirense, Emanuel Câmara considerou a ausência de Miguel Albuquerque sinal de "desrespeito pela população deste concelho".

O autarca aproveitou também a ocasião para relembrar a almejada "intervenção junto ao túnel João Delgado", a qual diz continuar à espera.

No que toca à Saúde, renovou o pedido de reabertura do serviço de urgência a tempo inteiro no Porto Moniz.

"Nada nem ninguém nos irá dissuadir de reivindicar o funcionamento das urgências 24 horas por dia", vincou.

A este pedido acrescentou outros, como seja a existência de uma viatura da EMIR alocada ao Porto Moniz ou a existência de consultas de terapia da fala para as crianças do concelho.